Em entrevista ao Fantástico no último domingo (23), Lexa falou sobre os desafios da gravidez e da perda da filha Sofia. A cantora contou como enfrentou a pré-eclâmpsia e a Síndrome de HELLP, uma complicação grave que colocou em risco tanto sua vida quanto a da filha, Sofia. “Eu beirei a morte tentando salvar minha filha”, desabafou.
Sofia nasceu no dia 2 de fevereiro, mas faleceu três dias depois. Lexa descreveu a dor como algo que a acompanhará para sempre: “Não vai ter um dia da minha vida que eu não vá chorar. É muito difícil”.
A gravidez planejada e os desafios inesperados
A gestação de Sofia foi um sonho muito desejado e planejado por Lexa. Ela seguiu rigorosamente o pré-natal, mas, mesmo assim, não conseguiu evitar as complicações. No início, os exames estavam normais, mas, a partir de um certo ponto, os médicos identificaram um alto risco de pré-eclâmpsia, o que levou à sua internação.
Durante os 17 dias no hospital, a cantora foi diagnosticada com a Síndrome de HELLP, uma forma grave da pré-eclâmpsia que afeta o fígado e os rins. “Eu estava lutando, semana a semana, para segurar a gestação, porque sabia que quanto mais tempo a Sofia ficasse na minha barriga, maior seria a chance de vida para ela”, relatou.
Os sintomas e a decisão pelo parto
Lexa descreveu os sintomas que sentiu durante a internação: dores fortes no estômago, dores de cabeça persistentes e dificuldade para fechar as mãos. “Meu fígado começou a entrar em falência. Não tinha mais para onde ir, nem para mim, nem para ela”, contou.
O parto foi marcado para o dia 2 de fevereiro, mas Sofia nasceu com complicações graves. “Ela nasceu com rins comprometidos, com o fígado afetado e com a pressão alterada. Muito pequenininha, mas muito linda”, disse Lexa, emocionada.
O apoio do marido e a dor de não poder fazer mais
Ricardo Vianna, marido de Lexa, também compartilhou sua dor durante a entrevista. “O que mais me dói como marido e como pai é não poder fazer nada. Ver minha filha entubada e minha mulher lutando pela vida foi devastador”, desabafou.
Ele destacou a coragem de Lexa ao enfrentar a pré-eclâmpsia e a Síndrome de HELLP, mas lamentou não ter podido evitar o desfecho trágico.
O que é a pré-eclâmpsia e como ela afeta a gestação
A pré-eclâmpsia é uma condição que surge a partir da 20ª semana de gravidez, caracterizada por pressão alta e perda de proteína na urina. Ela pode evoluir para a Síndrome de HELLP, que afeta o fígado e os rins, colocando em risco a vida da mãe e do bebê.
Entre os fatores de risco estão idade materna avançada (acima de 35 anos), hipertensão, diabetes e obesidade. A doença não tem cura, mas um pré-natal rigoroso pode ajudar a controlá-la.
A importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento médico
Lexa reforçou a importância de seguir o pré-natal à risca e de estar atenta aos sinais do corpo. “Foi um sonho muito calculado, muito quisto e muito mentalizado. Eu queria muito ser mãe”, disse.
Apesar de todos os cuidados, a pré-eclâmpsia e a Síndrome de HELLP surgiram de forma inesperada, mostrando como essas condições podem ser imprevisíveis.
Leia também: