Morreu o ator Ney Latorraca, aos 80 anos, na manhã desta quinta-feira (26). O artista enfrentava complicações decorrentes de um câncer de próstata diagnosticado em 2019, e a causa do falecimento foi atribuída a uma sepse pulmonar, resultado do agravamento de sua condição.
Desde dezembro do ano passado, Latorraca encontrava-se internado em uma clínica no Rio de Janeiro. Após a cirurgia para remoção da próstata, realizada em 2019, a doença retornou em agosto de 2024 com metástase.
Ney Latorraca deixa o marido, o ator Edi Botelho. Eles estavam casados há 30 anos. Detalhes do velório e da cremação do corpo ainda não foram definidos.
Relembre a carreira de Ney Latorraca
A carreira de Ney Latorraca teve início precocemente, quando ele estreou na atuação aos 6 anos em uma radionovela. Sua estreia no teatro ocorreu em 1964 com a peça infantil ‘Pluft, o fantasminha’. Aos 21 anos, Latorraca apresentou-se na peça ‘Reportagem de um tempo mau’, que teve sua exibição interrompida pela Censura Federal após apenas uma apresentação.
Com passagens por emissoras como TV Tupi, TV Cultura e Record, o ator conquistou notoriedade ao ser contratado pela Rede Globo em 1975 para integrar o elenco da novela ‘Escalada’. Embora tenha deixado a emissora brevemente em 1990 para atuar em ‘Brasileiros e Brasileiras’ no SBT, retornou à Globo e se tornou inesquecível no papel do Vampiro Vlad na novela ‘Vamp’, exibida em 1991.
A trajetória de Latorraca no teatro é marcada por importantes produções, destacando-se sua longa participação na peça ‘O Mistério de Irma Vap’, que permaneceu em cartaz por 11 anos. Na televisão, o ator deixou sua marca em obras memoráveis como ‘Estúpido Cupido’ (1976), ‘Éramos Seis’ (1994), ‘TV Pirata’ (1988), ‘O Cravo e a Rosa’ (2000), ‘O Beijo do Vampiro’ (2002) e ‘Da Cor do Pecado’ (2004).
A última novela de Ney Latorraca foi na Globo em ‘Negócio da China’ (2008). Depois, fez uma participação especial de ‘Meu Pedacinho de Chão’ (2014). Sua aparição mais recente foi na série ‘Cine Holliúde’.
“Ator já nasce ator. Aprendi desde pequeno que precisava representar para sobreviver. Sempre fui uma criança diferente das outras: às vezes, eu tinha que dormir cedo porque não havia o que comer em casa. Então, até hoje, para mim, estou no lucro”, disse em depoimento ao Memória Globo.
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