A Disney venceu um processo judicial que alegava que a história de Moana (2016) havia sido plagiada de um roteiro intitulado Bucky the Surfer Boy, escrito pelo animador Buck Woodall.
Um júri federal de Los Angeles decidiu na segunda-feira (10) que os criadores do filme não tiveram acesso ao material do autor e rejeitou completamente as acusações. O caso foi arquivado após a conclusão do júri de que não havia provas de que o roteiro de Woodall tivesse sido repassado à Disney.
Moana 2 foi fruto de plágio? O que dizia a acusação?
O autor afirmou que criou a história de Bucky the Surfer Boy em 2003. No enredo, um jovem em férias no Havaí se une a um grupo de nativos e embarca em uma jornada envolvendo demônios, deuses polinésios e viagens no tempo para salvar um local sagrado da destruição.
Woodall alegou que compartilhou seu trabalho com Jenny Marchick, uma parente distante que trabalhava para um estúdio dentro do Disney Lot, em Los Angeles. Segundo ele, Marchick teria mostrado o roteiro a pessoas dentro da Disney, o que teria levado ao desenvolvimento de Moana.
Decisão do tribunal
Porém, Marchick negou ter repassado o material e declarou que nunca apresentou o roteiro para ninguém no estúdio. A defesa da Disney apresentou mensagens em que ela cortava contato com o animador e afirmava que não poderia ajudá-lo.
“Eles nunca ouviram falar de Bucky the Surfer Boy,” afirmou o advogado da Disney, Moez Kaba, no tribunal. “Tudo em Moana veio da pesquisa, da inspiração artística e do processo criativo dos diretores.”
O júri também assistiu ao filme Moana durante o julgamento e analisou extensos documentos de desenvolvimento, que mostravam as origens da animação. Com isso, ficou comprovado que a obra foi fruto de uma extensa pesquisa sobre mitologia polinésia e não teve qualquer relação com o roteiro de Woodall.
E Moana 2?
Apesar da decisão favorável à Disney, o autor também entrou com um segundo processo, alegando que Moana 2, lançado em 2024, utilizou elementos de sua história. Esse caso ainda será julgado separadamente.
Por enquanto, a sequência da animação segue sem impedimentos jurídicos, e o primeiro processo encerrou sem comprovações de plágio.
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