ALERTA DE SPOILERS. Clássico do cinema e vencedor de cinco Oscars, ‘Gladiador’ ganhou uma sequência depois de 24 anos. Nesta quinta-feira (14) estreia ‘Gladiador 2’ com uma história muito semelhante ao primeiro filme, mas com suas ressalvas. Afinal, será que o filme é melhor que o primeiro?
Assim como a obra de 2000, ‘Gladiador 2’ segue sob a direção de Ridley Scott e ainda conta a história da Roma antiga. Além disso, os efeitos visuais e a trilha sonora seguem impressionantes na sequência, mas sem o brilhantismo e a emoção de anos atrás – talvez porque hoje já estamos acostumados com efeitos cada vez maiores e melhores.
Entretanto, desta vez, a trama tem Lucius Verus (Paul Mescal) como protagonista central. No primeiro filme, ele era filho de Lucilla (Connie Nielsen) e sobrinho do imperador Commodus (Joacquin Phoenix). Agora, Lucius é um guerreiro adulto, que cresceu distante do trono de imperador que herdou. Depois de 20 anos, ele vê sua vida ser transformada por uma tragédia e carrega a missão de salvar Roma da tirania – ainda pelo caminho das lutas dentro do Coliseu.
Com Pedro Pascal, Denzel Washington e Joseph Quinn no elenco principal, ‘Gladiador 2’ acaba repetindo a fórmula que deu certo com o primeiro filme, mas sem trazer um motivo forte o suficiente que justifique a necessidade de sua produção.
Ou seja, Lucius repete a história de seu herói Maximus (Russell Crowe): sofre uma perda, encara o luto, é vendido como escravo, se torna gladiador e vê o Coliseu como uma oportunidade de se vingar e transformar Roma no império que seu avô Marcus Aurelius (Richard Harris) sempre sonhou.
Apesar do roteiro igual ao de ‘Gladiador’ – incluindo o herói carismático e o imperador lunático -, a sequência chama atenção por seus efeitos visuais exuberantes – às vezes exagerados -, pelo abuso de cenas de homens sem camisa – ausentes no primeiro filme – e pela impecável atuação de Denzel Washington.
O ator interpreta o mercador Macrinus, um homem poderoso que compra escravos e os explora como gladiadores. O personagem cresce ao longo da história até se transformar no vilão sem escrúpulos, que almeja o império a todo custo.
Por outro lado, o general Accacius, vivido por Pedro Pascal, segue o caminho contrário. Em um primeiro momento, ele é visto como o grande vilão e, aos poucos, perde a força. Tal narrativa faz seu final ser esperado e, consequentemente, fraco.
‘Gladiador 2’ é melhor que o primeiro? Definitivamente, não. A comparação é inevitável e, portanto, posso dizer que falta a emoção do primeiro filme, algo que é praticamente impossível de repetir – ainda que o roteiro seja praticamente o mesmo.
Ou seja, se a ideia for assistir a um filme de ação, ‘Gladiador 2’ irá entregar. No entanto, não espere um filme com o mesmo impacto de 24 anos atrás.
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