O lançamento do documentário “Caso Eloá: Refém ao Vivo”, no último dia 12, na Netflix, trouxe novamente ao centro das conversas o nome de Lindemberg Fernandes Alves. A produção revive um dos episódios que mais chocaram o Brasil, que envolveu o cárcere privado da jovem Eloá Cristina Pimentel por mais de 100 horas, em 2008.
O sequestro de Eloá Pimentel, então com 15 anos, se tornou um dos mais marcantes da história recente do Brasil. O episódio, que envolveu negociações tensas, depoimentos de vizinhos e cobertura intensa da imprensa, durou cerca de 100 horas. Além disso, a polícia realizou diversas tentativas de diálogo com o sequestrador, que chegou a dar entrevistas ao vivo durante o cárcere.
Na época, o país acompanhou, praticamente minuto a minuto, cada desdobramento do crime, transmitido por emissoras de televisão.
Como a Justiça puniu Lindemberg
Lindemberg tinha 22 anos quando a polícia invadiu o apartamento e o prendeu em flagrante. Logo depois, ele enfrentou um julgamento longo e recebeu condenação por 12 crimes, entre eles: homicídio duplamente qualificado, tentativa de homicídio e cárcere privado. A Justiça estabeleceu uma pena inicial de 98 anos e 10 meses de reclusão. No entanto, em 2013, a sentença passou por revisão e caiu para 39 anos e três meses.
Apesar da redução, a pena segue considerada longa, especialmente porque envolve crimes praticados com extrema violência. Ainda assim, como ocorre em situações previstas por lei, Lindemberg pode solicitar benefícios quando cumpre determinados requisitos,como bom comportamento e participação em atividades de estudo ou trabalho dentro do presídio.

Como está Lindemberg hoje, 17 anos após o crime
Atualmente, Lindemberg cumpre pena na Penitenciária Dr. José Augusto Salgado, em Tremembé (SP), uma unidade conhecida por receber detentos de grande repercussão nacional. De acordo com sua defesa, ele mantém comportamento considerado exemplar e participa tanto de atividades de estudo quanto de trabalho desde sua entrada no sistema prisional.
Em 2021, a Justiça chegou a autorizar a progressão para o regime semiaberto. Contudo, a decisão foi revertida alguns meses depois. Já no final de 2022, ele voltou a conseguir o benefício. Com isso, ele pode trabalhar ou estudar fora durante o dia, retornando à prisão para dormir, condição prevista para quem se encontra no semiaberto e cumpre os critérios estabelecidos pela lei.
Resumo: O lançamento do documentário da Netflix reacendeu interesse pelo caso Eloá, crime que marcou 2008. Lindemberg cumpre pena em Tremembé e hoje está no regime semiaberto. A história segue entre os episódios de cárcere privado mais lembrados do país.
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