“Elize Matsunaga: Era Uma Vez um Crime” é o título da produção documental da Netflix que revisita o crime cometido por Elize Matsunaga em 2012, ocorrido em São Paulo. A minissérie traz depoimentos inéditos, detalhes da investigação e reflexões sobre o sistema penal e a mídia.
Na introdução, veja os principais destaques:
- A mulher que matou e esquartejou o marido vira personagem principal de produção documental.
- O caso do empresário Marcos Matsunaga, herdeiro da empresa Yoki, ganha nova leitura.
- A minissérie reúne entrevistas, arquivos e análise crítica sobre culpa, mídia e sociedade.
- Produção de quatro episódios, com narrativa que mistura jornalismo, reportagem e documentário.
Qual é o enredo de “Elize Matsunaga: Era Uma Vez um Crime”?
A minissérie documental da Netflix retrata o caso que chocou o Brasil: Elize matou seu marido, o empresário Marcos Matsunaga, em maio de 2012, em sua própria casa no bairro da Vila Leopoldina, em São Paulo.
São quatro episódios, com duração entre 47 e 52 minutos, que abordam:
- a infância de Elize, sua mudança do interior do Paraná para São Paulo;
- o casamento com Marcos, a convivência sob tensão, o padrão de vida e as contradições;
- o crime em si, esquartejamento e descarte do corpo, investigação e julgamento;
- e o impacto social, midiático e jurídico do caso, levantando questões sobre gênero, violência doméstica, privilégio e justiça.

Por que essa minissérie documental é relevante?
Além de revisitar o crime de grande repercussão nacional, a produção se destaca por alguns aspectos:
- Voz da protagonista: Elize concede entrevista pessoal inédita, algo até então raro em relatos públicos sobre este tipo de caso.
- Abordagem complexa: O documentário vai além do “quem fez” e “por que fez”, explorando camadas sociais, de gênero e midiáticas.
- Atualidade e interesse renovado: Mesmo após o lançamento, a série voltou aos rankings de mais assistidos no Brasil, demonstrando que o interesse pelo tema permanece.
- Jornalismo crítico em formato audiovisual: A produção permite ao espectador observar tanto fatos quanto narrativas concorrentes — acusação, defesa, famílias e imprensa — promovendo reflexão.
Elementos marcantes da série
A seguir, quatro a seis aspectos que sobressaem e fazem a série válida para quem se interessa por true crime, sociedade ou mídia:
- Representação da infância e origem de Elize no interior do Paraná (cidade de Chopinzinho) e como isso influenciou sua trajetória.
- A vida de aparente luxo e excesso (viagens, armas, poder) da família de Marcos, contraposta à vulnerabilidade de Elize.
- A gravação da saída temporária de Elize da prisão durante as filmagens, o que dá um viés documental raro.
- A discussão sobre premeditação vs. impulso, ao longo dos episódios, com especialistas e advogados debatendo o que motivou o crime.
- A mídia e o espetáculo do crime: como imprensa, rede social e opinião pública moldaram percepções sobre Elize e Marcos.
Curiosidades e bastidores
- A minissérie teve como base mais de 21 horas de entrevistas com Elize e mais de 20 outras pessoas envolvidas no caso.
- A produção não pagou à Elize pelo depoimento; conforme reportagem, a negociação durou cerca de dezoito meses.
- A série primeiro estreou em 8 de julho de 2021.
- A série ajudou a reacender a discussão sobre a cobertura dos crimes de mulheres contra homens (uma inversão de um padrão mais discutido).
Considerações finais
A minissérie documental Elize Matsunaga: Era Uma Vez um Crime chega com profundidade e ambição para tratar de um dos casos criminais mais chocantes do Brasil recente. Ela não apenas relata o fato, mas convida à reflexão sobre justiça, mídia, gênero e moral. Para quem busca algo além do sensacionalismo e quer entender as camadas por trás do crime, vale o tempo.
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