Aos 79 anos, Maurício Kubrusly, renomado jornalista e ex-repórter do “Fantástico”, emocionou o público ao aparecer em uma reportagem especial no último domingo (1º), revelando sua luta contra a demência frontotemporal. A doença, uma condição progressiva e sem cura, impactou profundamente sua memória, comportamento e linguagem. A situação inspirou o documentário “Kubrusly: Mistério Sempre Há de Pintar por Aí”, que estreia no Globoplay nesta quarta-feira (4), celebrando sua trajetória na televisão e enfrentamento pessoal.
Sua esposa, Beatriz Goulart, revelou momentos delicados vividos pelo jornalista após o diagnóstico, incluindo a consideração de Maurício Kubrusly sobre eutanásia. Em meio aos desafios, a música se tornou um elo especial, trazendo conforto a ele e à família.
O impacto da demência na vida de Maurício Kubrusly
A demência frontotemporal é uma condição neurodegenerativa grave que altera drasticamente o cotidiano de quem a enfrenta. No caso de Maurício Kubrusly, os primeiros sinais surgiram durante a pandemia, quando dificuldades em ler e usar o celular começaram a preocupar Beatriz. Com o avanço da doença, ele perdeu a capacidade de leitura, escrita e, mais recentemente, de fala.
Segundo Beatriz, o jornalista ainda reconhece o nome dela e mantém uma ligação afetiva intensa. “A única pessoa que ele sabe o nome é o meu. Ele sempre fica me chamando, quer entender, quer estar junto”, relatou.
Documentário celebra a trajetória de Maurício Kubrusly
O documentário “Kubrusly: Mistério Sempre Há de Pintar por Aí”, dirigido por Evelyn Kuriki, traz um olhar sensível sobre a carreira e os desafios pessoais enfrentados pelo jornalista. Kuriki destaca que a produção buscou retratar momentos de sua vida pós-diagnóstico, incluindo a conexão especial com a música.
Com mais de 17 anos no comando do quadro “Me Leva Brasil”, Maurício Kubrusly percorreu o país, capturando histórias únicas e conquistando o público. A obra é uma homenagem a essa jornada, além de uma reflexão sobre os impactos das doenças neurodegenerativas.
A eutanásia como tema de reflexão
A discussão sobre eutanásia também foi um ponto marcante na vida de Maurício Kubrusly. Beatriz revelou que ele chegou a considerar essa alternativa, inspirado pelo escritor Antonio Cicero, que optou pelo procedimento em seus últimos momentos. Apesar disso, ela conseguiu dissuadi-lo da ideia, reforçando o apoio e o cuidado mútuo.
O tema traz à tona debates sobre dignidade e qualidade de vida para pessoas com condições degenerativas, destacando a importância de suporte emocional e tratamento humanizado.
A luta de Maurício Kubrusly contra a demência vai além do impacto pessoal, abrindo espaço para conscientização sobre a condição. Sua história, marcada por momentos de superação e conquistas profissionais, continua a inspirar fãs e colegas de profissão.
O documentário no Globoplay não apenas celebra sua trajetória, mas também lança luz sobre os desafios enfrentados por pacientes com demência e seus familiares, ressaltando a importância de acolhimento e compreensão.
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