Confesso: achei que iria me emocionar mais. Não criei expectativas altíssimas para “O Mapa Que Me Leva Até Você” e comecei a assistir sem saber absolutamente nada da história – e talvez isso tenha tornado a experiência mais interessante. O longa, disponível no Prime Video, tem um desenvolvimento envolvente e até surpreende em alguns momentos, mas não chega a entregar aquele impacto que romances assim prometem.
Assim como em “Meu Ano em Oxford“, que segue uma linha parecida, o filme aposta em um grande segredo do protagonista masculino. A diferença é que aqui a doença de Jack (KJ Apa) só vem à tona no clímax, o que dá um ar de mistério até a revelação. Foi algo que eu já suspeitava, mas ainda assim conseguiu me prender. O problema é que, quando finalmente descobrimos, a sensação é de déjà vu, mais um clichê que poderia ter sido explorado de forma menos óbvia.
Sobre o filme
A trama acompanha Heather (Madelyn Cline), uma jovem prestes a seguir sua vida planejada depois da faculdade, mas que decide viajar pela Europa com as amigas antes de embarcar nessa nova fase. Em meio a paisagens deslumbrantes e encontros inesperados, ela conhece Jack, um rapaz carismático que transforma suas certezas em dúvidas. Entre risadas, passeios e conversas, nasce uma conexão que desafia a rotina meticulosamente desenhada por Heather.
Apesar disso…
O que mais me encantou nem foi a história central, mas os detalhes do cotidiano que o filme conseguiu reproduzir com naturalidade. Os trejeitos das personagens, as conversas, as piadas entre amigas – tudo soa muito real. Em vários momentos, me vi refletida em Heather: a menina que planeja demais, é mais tímida, se programa até quando não é exatamente o que deseja fazer da vida, que lê sobre os lugares antes de viajar e se encanta com pequenas descobertas. O vínculo de amizade entre as três protagonistas também é um ponto alto, bonito de assistir e de se reconhecer.
E, afinal, vale a pena assistir? Não espere o romance do ano. “O Mapa Que Me Leva Até Você” não é revolucionário nem vai emocionar como um clássico, mas entrega momentos leves, identificáveis e até reconfortantes. Para quem gosta de um bom clichê, com cenários de viagem e aquele toque de drama que já conhecemos, a resposta é sim: vale dar o play.
A matéria acima foi produzida para a revista AnaMaria Digital (29 de agosto). Se interessou? Baixe agora mesmo seu exemplar da Revista AnaMaria nas bancas digitais: Bancah, Bebanca, Bookplay, Claro Banca, Clube de Revistas, GoRead, Hube, Oi Revistas, Revistarias, Ubook, UOL Leia+, além da Loja Kindle, da Amazon. Estamos também em bancas internacionais, como Magzter e PressReader.
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