Confesso que as expectativas para “Meu Ano em Oxford” eram altas. E a barra de aprovação também. Não só por ser fã dos maiores romances ‘água com açúcar’ já produzidos, mas também porque essa fórmula já é bastante utilizada (não à toa, são filmes chamados de clichê) e, se não for bem executada, acaba desgastando mais do que divertindo.
A má notícia para as amantes de comédias românticas é que é isso que acontece com o novo filme na Netflix, disponível na plataforma desde o dia 1º de agosto. Não porque o filme seja ruim. Longe disso. Afinal, como algo pode não ser bom se já vimos e amamos narrativas parecidas?
“A Culpa É das Estrelas”, baseado no livro de John Green, e “O Melhor de Mim”, de Nicholas Sparks, são ótimos exemplos. Ambos conseguiram unir o melhor da paixão dos protagonistas, a tragédia de perder um deles e a dor de ver o outro sofrendo – sem contar com o sucesso e euforia que as duas produções causaram no público na época de lançamento. Mas o filme que não parou de martelar mesmo a minha cabeça foi “Como Eu Era Antes De Você”, inspirado na história de Jojo Moyes.
Sobre o filme
Em “Meu Ano em Oxford”, acompanhamos a trajetória da universitária Anna De La Vega (Sofia Carson) que, apesar de ter conquistado uma vaga de emprego na Goldman Sachs, uma das principais instituições financeiras globais, logo após ter se formado, decide adiar esse plano por um seguir seu sonho e estudar literatura na Universidade de Oxford.
Pode parecer estranha essa dualidade de interesses da personagem, mas tem uma explicação: filha de imigrantes, a nova-iorquina foi ensinada desde criança a cursar uma carreira “lucrativa”. Por isso, a sonhadora foi parar no mundo corporativo. Tudo mundo quando ela pisa em uma das instituições mais antigas do mundo e se apaixona por Jamie Davenport (Corey Mylchreest), seu charmoso professor de literatura.
Eles prometem um ao outro que o relacionamento será estritamente casual, mas os sentimentos tomam conta com o passar dos dias. Porém, quando Jamie revela que tem uma doença e não deseja continuar com o tratamento. Anna, então, precisa deixar de lado tudo que acredita para aproveitar o tempo que resta com o amor de sua vida.
Não é que a história não seja boa, mas não parece familiar demais? Até a relação do jovem professor com o pai, que tem dificuldade em aceitar o destino que o filho escolheu para si, parece muito com a briga que o protagonista de “Como Eu Era Antes de Você” travou com a mãe por escolher a eutanásia.
Apesar disso…
Não há como negar que o filme é envolvente. Tem drama, comédia e muita química. Destaque para Sofia e Carson e Corey Mylchreest que combinaram muito nos papéis, embora achar que a atriz repita a mesma interpretação em todos os filmes que faz.
Mas, afinal, vale a pena assistir? Para além das críticas, não vou ser hipócrita: se você é daquelas que quanto mais clichê, melhor, a resposta é sim, mas não espere muitas coisa. Eu, por exemplo, assisti até o fim e, provavelmente, assistiria de novo. Mesmo assim, pode ser que seja minha nostalgia falando, mas eu fico com os meus filmes de 10 anos atrás.
A matéria acima foi produzida para a revista AnaMaria Digital (15 de agosto). Se interessou? Baixe agora mesmo seu exemplar da Revista AnaMaria nas bancas digitais: Bancah, Bebanca, Bookplay, Claro Banca, Clube de Revistas, GoRead, Hube, Oi Revistas, Revistarias, Ubook, UOL Leia+, além da Loja Kindle, da Amazon. Estamos também em bancas internacionais, como Magzter e PressReader.
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