Em Meio Grávida (Kinda Pregnant), que estreou na Netflix em fevereiro de 2025, acompanhamos Lainy, uma mulher que sonha com casamento e filhos, mas que, ao ver sua melhor amiga e uma colega de trabalho grávidas, se sente cada vez mais deslocada. Em um impulso meio triste, meio cômico, ela rouba uma barriga postiça de uma loja e inventa uma mentira, que vira uma bola de neve. No meio do caos, a falsa grávida acaba conhecendo o homem dos seus sonhos.
Uma barriga postiça como agente do caos
Primeiro, impossível não elogiar o casting. A versão jovem da protagonista aparece só na primeira cena, mas é tão marcante que, por um momento, cheguei a pensar que tinham usado Inteligência Artificial para deixá-la ainda mais parecida com Amy Schumer. Depois percebi que era a talentosa Jayne Sowers captando a essência de Lainy. Um detalhe pequeno, mas que mostra o cuidado da produção.
Outro ponto que merece ser mencionado: é raro ver protagonistas de comédias românticas acima dos 40 anos. Meio Grávida ganha muitos pontos aqui, colocando no centro da história uma mulher com dúvidas, impulsos e esperanças tão reais quanto exageradas.
Duke McCloud, que interpreta Connor, o filho travesso de Megan (Brianne Howey), é um capítulo à parte: suas cenas têm um brilho próprio – e me arrancaram sorrisos sinceros nos momentos mais insanos do filme.
Vale a pena assistir?
Essa é uma típica comédia americana, fiel à fórmula Netflix: roteiro leve, personagens carismáticos e um final previsível (e necessário). É o tipo de filme que a gente assiste já sabendo que tudo vai terminar bem – e, sinceramente, tem horas em que é exatamente disso que precisamos.
Apesar da comédia não ser meu gênero favorito, dei boas risadas, especialmente depois da primeira meia hora, quando o filme engrena de verdade. É fácil ver Meio Grávida se tornando um filme de conforto, daqueles para rever em um domingo preguiçoso ou até depois de um dia difícil.
A história tem um ritmo leve, mas que, nem de longe, deixa os espectadores entediados. Com personagens que transbordam carisma, Meio Grávida não promete revolucionar o gênero, mas entrega exatamente o que se propõe: diversão despretensiosa, com uma boa dose de loucura.
A matéria acima foi produzida para a revista AnaMaria Digital (18 de abril). Se interessou? Baixe agora mesmo seu exemplar da Revista AnaMaria nas bancas digitais: Bancah, Bebanca, Bookplay, Claro Banca, Clube de Revistas, GoRead, Hube, Oi Revistas, Revistarias, Ubook, UOL Leia+, além da Loja Kindle, da Amazon. Estamos também em bancas internacionais, como Magzter e PressReader.
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