Ana Beatriz Nogueira deixa ‘Mania de você’ e, portanto, a personagem Moema vai ganhar um fim nos próximos capítulos. Diagnosticada com esclerose múltipla há mais de dez anos, a atriz anunciou, na última segunda-feira (16), sua saída do elenco para focar em seu bem-estar.
Nesta segunda, a artista gravou suas cenas finais na novela. A trama passará por uma transição temporal no mês de dezembro e, portanto, avançará um ano na narrativa, trazendo o desfecho da personagem Moema. As sequências estão previstas para a próxima semana.
Em um post nas redes sociais, a atriz compartilhou uma mensagem com seus seguidores, sem entrar em detalhes. “Mando um abraço bem apertado para nosso lindo público e para meus amigos de cena e bastidores da novela ‘Mania de você’. As altas temperaturas me pegaram de surpresa nas esquinas de nossa cidade cenográfica. Vou ali, lá, nas águas geladas e nas temperaturas mais amenas, me cuidar e assistir aos meus companheiros que seguem até o final da novela. Toda felicidade e fé cênica! Estamos juntos”.
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Ana recebeu o diagnóstico de esclerose múltipla em 2014. Além do desafio atual, ela também enfrentou questões de saúde em meados de 2022, quando foi submetida a uma cirurgia para remoção de um tumor pulmonar.
O problema de saúde de Ana Beatriz Nogueira
A esclerose múltipla é uma doença autoimune. Na prática, isso quer dizer que o sistema imunológico “se engana” e começa a atacar partes saudáveis do corpo.
No caso da esclerose, as defesas do organismo passam a sabotar o sistema nervoso, mais precisamente a bainha de mielina, uma espécie de capa que reveste os nossos condutores nervosos. Esses condutores são responsáveis por levar impulsos do corpo ao cérebro e vice-versa. Quando a bainha é atacada, ela pode causar lesões em diferentes pontos do cérebro e da medula.
Os sintomas variam de acordo com a região afetada. Em geral, é isso que atrasa o diagnóstico. Isso porque o paciente que tem problemas de visão procura logo um oculista, quando o problema é de equilíbrio, marca uma consulta com um ortopedista, e assim por diante, até ser encaminhada para o neurologista.
Logo, o melhor é atentar-se à durabilidade dos sintomas, que podem durar dias ou semanas, desaparecer e depois voltar novamente.
Para diagnosticar, o médico faz um teste clínico, pede uma ressonância magnética e um exame que retira um pouco do líquido que banha o sistema nervoso, chamado de líquor. Somente após os resultados é que o médico consegue dizer se há lesões ou inflamações no sistema nervoso.
Apesar de não ter cura, o tratamento está disponível no SUS (Sistema Único de Saúde) e garante uma vida sem sintomas ou surtos. Para isso, o paciente é submetido a medicações injetáveis e orientado a ter uma vida ativa e saudável.
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