A nova edição de Casamento às Cegas, agora 50+, da Netflix, trouxe para o centro das conversas um tema que vai muito além das afinidades amorosas: a importância da inteligência emocional nos relacionamentos.
No programa, homens e mulheres acima dos 50 buscam uma nova chance no amor e enfrentam dilemas como ciúmes, medo da rejeição, idealizações e inseguranças, sentimentos que, mesmo com a experiência de vida, continuam presentes.
A ciência mostra que o controle das emoções faz bem não só para o relacionamento, mas para o corpo. Uma pesquisa publicada em 2024 pela University of California observou que casais entre 56 e 87 anos que relatavam mais emoções positivas apresentavam níveis mais baixos de cortisol, o hormônio do estresse. Em outras palavras, equilibrar sentimentos fortalece a convivência e ainda melhora a saúde física.
As bases da inteligência emocional
Para a psicanalista e especialista em comportamento humano Gisele Hedler, inteligência emocional é a capacidade de entender e regular as próprias emoções, cultivar empatia e manter uma comunicação assertiva.
“São competências que tornam possível viver de forma mais plena, porque ajudam a alinhar emoções e comportamentos. Isso se traduz em respeito, confiança, resolução saudável de conflitos e autenticidade no convívio a dois, aspectos que ganham ainda mais importância após os 50”, explica.

Como aplicar a inteligência emocional no seu relacionamento?
- Praticar a auto-observação
Reconhecer gatilhos emocionais e padrões de reação é o primeiro passo. Entender o que está por trás da raiva, da insegurança ou do ressentimento ajuda a agir de forma mais consciente e equilibrada. - Desenvolver a escuta ativa
Ouvir com atenção é mais do que esperar a vez de falar. É acolher o que o outro sente, validar emoções e criar um espaço seguro para o diálogo. Segundo Gisele, esse tipo de escuta fortalece a confiança e o vínculo emocional. - Comunicar com autenticidade
Expressar sentimentos de maneira honesta e sem acusações evita ruídos na comunicação. Frases em primeira pessoa, como “eu sinto” ou “eu penso”, ajudam a se responsabilizar pelas próprias emoções e reduzem conflitos desnecessários. - Saber fazer pausas
Discussões fazem parte de qualquer relação, mas reconhecer o momento de parar pode evitar rupturas. Dar um tempo para acalmar as emoções e retomar o diálogo depois é sinal de maturidade emocional. - Viver o presente
Em relacionamentos após os 50, carregar feridas antigas ou idealizações pode ser um obstáculo. “Estar disposto a construir novas experiências com leveza e olhar para o que ainda pode ser vivido juntos é fundamental”, reforça Gisele.
Resumo:
Autoconhecimento, empatia e comunicação verdadeira ajudam a fortalecer vínculos e tornam o amor maduro mais pleno. Mas no reality, nenhum dos casais deu certo – talvez tenha faltado maturidade emocional aos envolvidos. Veja como conquistar isso.
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