Ayrton Senna já foi contado por inúmeras lentes – a da glória, a do mito, a da saudade. Em Meu Ayrton, por Adriane Galisteu, a apresentadora escolhe outra direção: a da memória que permanece quando o barulho das pistas diminui. A série não revisita o piloto. Ela se volta ao homem, ao cotidiano que só ela viu, e ao lugar afetivo que ocupou no último ano de vida do piloto.
O romance entre Senna e Adriane começou em 1993 e durou pouco mais de um ano. No dia 1º de maio de 1994, quando o piloto sofreu o acidente fatal em Ímola, ela estava no Algarve, em Portugal, onde encontraria com ele após a prova.
Em dois episódios, Galisteu recompõe lembranças que atravessaram mais de três décadas. Não para corrigir narrativas, mas para apresentar o que viveu. Ela narra como entrou na vida do maior ídolo esportivo do país e abre uma porta para um Ayrton que pouquíssimas pessoas conheceram.
Um conto de fadas
São dois episódios. O primeiro é exatamente o que se diz: um conto de fadas. O contraste entre dois universos e a magnitude da figura pública de Senna não é apresentado como choque dramático, mas como a curiosa combinação de mundos que se aproximaram. Galisteu revisita sua juventude, as dificuldades financeiras da família na Lapa, em São Paulo, a relação com o pai e o início da carreira. Cada detalhe da história da apresentadora é a peça de um quebra-cabeça que nos ajuda a compreender a dimensão desse encontro.

A sombra do luto
No segundo episódio, a série muda de tom. O brilho do conto de fadas dá lugar à sombra do luto. É também ali que surgem as tensões com a família Senna e as polêmicas em torno das despedidas do piloto.
Meu Ayrton não é um documentário sobre Ayrton Senna, mas sobre a travessia de Adriane Galisteu. A série é inspirada no best-seller Caminho das Borboletas, lançado em 1994 pela Editora Caras, em que a apresentadora narra os 405 dias de relacionamento com o piloto. Com depoimentos inéditos de pessoas próximas ao casal, como Emerson Fittipaldi, Betise Assumpção e Roberto Cabrini, a produção fecha uma lacuna na memória afetiva do país. E devolve a Adriane uma parte de sua história. O documentário, lançado em 6 de novembro de 2025, está disponível na HBO Max. Vale a pena conferir!
A matéria acima foi produzida para a revista AnaMaria Digital (edição 1497, de 28 de novembro de 2025). Se interessou? Baixe agora mesmo seu exemplar da Revista AnaMaria nas bancas digitais: Bancah, Bebanca, Bookplay, Claro Banca, Clube de Revistas, GoRead, Hube, Oi Revistas, Revistarias, Ubook, UOL Leia+, além da Loja Kindle, da Amazon. Estamos também em bancas internacionais, como Magzter e PressReader.
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