O Jornal Nacional completou 56 anos de história no dia 1º de setembro. O marco veio acompanhado de uma novidade importante: a despedida de William Bonner, que ficará no comando até 3 de novembro, quando César Tralli assumirá a bancada ao lado de Renata Vasconcellos.
Ao longo de mais de meio século, o principal telejornal do país contou com diferentes âncoras que ajudaram a construir sua credibilidade. Relembrar essa trajetória é também revisitar a memória da televisão brasileira.
Os primeiros anos do Jornal Nacional
Em 1969, o Jornal Nacional fez história ao ser o primeiro telejornal transmitido em rede nacional. A estreia foi conduzida por Hilton Gomes e Cid Moreira. Gomes deixou a bancada em 1971, mas marcou presença como um dos pioneiros. Cid, por sua vez, ficou no programa por impressionantes 26 anos, eternizando seu “boa noite” e transformando-se em um ícone do telejornalismo.
Outro nome que participou dos primeiros anos foi Ronaldo Rosas, que dividiu a apresentação com Cid por um período curto, mas manteve sua carreira no jornalismo em diferentes emissoras.
Sérgio Chapelin e a era da dupla marcante
Em 1972, Cid Moreira ganhou a companhia de Sérgio Chapelin. Juntos, eles se tornaram uma das duplas mais lembradas da TV. Chapelin acompanhou de perto a modernização da televisão, como a chegada da transmissão em cores e o uso do teleprompter. Depois de anos no JN, ele também passou pelo Globo Repórter, onde trabalhou até se aposentar em 2019.
Em 1983, quem assumiu o lugar de Chapelin foi Celso Freitas. À frente da bancada, ele noticiou momentos que marcaram o país, como o fim da ditadura militar e a eleição de Tancredo Neves.
A chegada de William Bonner e a nova fase
A reformulação do Jornal Nacional em 1996 trouxe William Bonner e Lillian Witte Fibe como titulares. Bonner não apenas se tornou o rosto do telejornal, mas também atuou nos bastidores, ajudando a definir a linguagem e a modernizar o formato. Ao longo da carreira, ele se destacou pela firmeza em grandes coberturas e pela luta contra as fake news.
Já Lillian Witte Fibe trouxe sua experiência em economia, traduzindo temas complexos de forma clara para o público. Depois, seguiu trajetória em outros veículos, sempre mantendo a credibilidade como marca registrada.
Fátima Bernardes e Patrícia Poeta no comando
Em 1998, Fátima Bernardes dividiu a bancada com Bonner. Durante 14 anos, ela marcou presença em grandes eventos mundiais, como os atentados de 11 de setembro e Copas do Mundo. Sua simpatia e competência fizeram dela uma das jornalistas mais queridas do Brasil. Em 2011, deixou o telejornal para realizar um sonho: comandar um programa próprio, o “Encontro”.
A vaga de Fátima foi ocupada por Patrícia Poeta, que apresentou o JN entre 2011 e 2014. Nesse período, noticiou acontecimentos históricos, como a eleição do Papa Francisco. Mais tarde, migrou para o entretenimento e hoje comanda o “Encontro”.
Renata Vasconcellos e o futuro com César Tralli
Desde 2014, Renata Vasconcellos divide a bancada com William Bonner. Reconhecida pela firmeza e sensibilidade, ela acompanhou mudanças importantes no estúdio, como a interação com repórteres por meio de telões e a chegada de novos recursos tecnológicos.
Agora, Renata se prepara para inaugurar uma nova fase ao lado de César Tralli, que assumirá o posto em novembro.
Resumo: O Jornal Nacional completa 56 anos com a despedida de William Bonner e a chegada de César Tralli. Ao longo de sua história, o telejornal contou com nomes marcantes como Cid Moreira, Sérgio Chapelin, Fátima Bernardes e Renata Vasconcellos, que ajudaram a consolidar sua credibilidade. Relembrar esses apresentadores é também celebrar a evolução do jornalismo no Brasil.
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