Foi em 2014 que a TV brasileira conheceu um programa diferente que misturava duas paixões: reality show e comida. De lá para cá são 10 anos de MasterChef Brasil no ar e números exorbitantes: 40 mil pratos servidos, 20 mil toneladas de alimentos doados e mais de 2 mil competidores. Com tamanho sucesso do game show, a 11ª temporada estreia nesta terça-feira (28) com algumas novidades. Entre elas, estão a participação de influenciadores, a divisão de grupos e o maior prêmio da história do programa.
Uma das apostas do programa ao longo desta década foi a brasilidade e não será diferente agora. Logo nos primeiros episódios, o público vai acompanhar embates regionais que darão a chance dos candidatos mostrarem a tradição de seus respectivos estados com pratos cheios de criatividade.
A temporada ainda buscará uma integração com a internet e, por isso, trará convidados diferentes. Influenciadores, como Gkay, Carlinhos Maia, Vittor Fernando, Luiza Possi, Blogueirinha, Nicole Bahls e vários outros darão as caras para avaliar os pratos dos participantes e ajudar o júri a decidir quem entra na competição.
“O MasterChef se atualiza a cada ano, sempre falando sobre coisas que estão acontecendo agora. Creio que isso é o que faz o MasterChef ser tão assistido por 10 anos com a mesma intensidade e proporção, atraindo cada vez mais pessoas, especialmente no digital. Através da gastronomia, contamos um pouco da história que estamos vivendo. Essa é a nossa magia: estar aberto a tudo o que está acontecendo sem julgamento ou preconceito”, diz a diretora Marisa Mestiço à AnaMaria.
Além disso, o programa vai revisitar algumas provas que se consolidaram ao longo do tempo, como os tradicionais leilões, as caixas misteriosas, a troca de ingredientes e disputas de times.
Divisão de grupos surpresa
Os telespectadores também vão conhecer pessoas que se inscreveram muitas vezes, bateram na trave e, desta vez, conseguiram entrar na competição. Já os novos participantes terão uma grande e inédita surpresa: a divisão de grupos.
Após a seletiva, os 23 cozinheiros serão divididos em dois grupos. Nos episódios seguintes, os telespectadores vão conhecer metade deles e só na quinta semana as duas turmas se encontram. Detalhe: sem saber da existência uma da outra.
Ou seja, quando eles acharem que o jogo já está em andamento, vão se dar conta de que o número de adversários é, na verdade, o dobro do que imaginavam, o que deixará todo mundo em pânico.
Para piorar: no episódio em que os participantes descobrirão essa surpresa, eles terão que fazer um bolo gigante em homenagem ao aniversário de 10 anos do MasterChef, que posteriormente será distribuído nas ruas de São Paulo.
“São 10 anos no ar e cada temporada traz vários desafios diferentes. Dessa vez, o público pode esperar bons competidores, e temas diversificados. Como sempre, o MasterChef vai prender a atenção de todos os telespectadores”, adianta o chef Henrique Fogaça.
Por sua vez, Erick Jacquin afirma qual é a melhor estratégia para se dar bem no programa além de cozinhar bem: fazer aliados. “Antes de tudo, isso é um jogo, então é necessário saber se aliar às pessoas e ficar do lado certo nas dinâmicas em equipe. Não é necessário ser sempre o melhor, mas sim mediano para não encarar a eliminação. O ideal é não se arriscar tanto para não sair mais rápido. É preciso manter o equilíbrio até o último episódio”, diz.
Maior prêmio
A premiação da 11ª temporada do MasterChef Brasil será a maior da história do programa. Além do troféu de campeão, o ganhador(a) vai embolsar nada menos que R$ 350 mil.
Quem vencer também garante um conjunto premium de panelas, uma cozinha gourmand completa, a franquia de uma cafeteria, R$ 50 mil em produtos de casa e decoração e um curso completo em uma escola de gastronomia.
Seleção de participantes
Quem acompanha os 10 anos de MasterChef Brasil já deve ter reparado que o nível dos participantes mudou. A cada temporada, eles parecem muito mais preparados para encarar a competição. Expressões como ‘redução’, ‘confit’, ‘julienne’ e ‘deglacê’ passaram a fazer parte do vocabulário de muita gente.
De acordo com Marisa, houve uma evolução do nível dos participantes. “Há 10 anos, as pessoas gostavam de culinária, mas não tinham o hábito de assistir a um reality de culinária. Acho que é fruto da cultura que o MasterChef criou. Ultrapassou o limite de ser um hobbie e passou a ser uma vontade de estudar, treinar. Temos uma diferença muito grande dos participantes da primeira temporada para os participantes de hoje e isso é um processo de evolução de cultura com a comida”, diz.
A diretora garante que o processo de seleção não mudou. Ou seja, o participante passa pela inscrição e outras quatro etapas com culinaristas – que avaliam o nível de cozinha – antes de entrar na cozinha do programa. “A única diferença é que hoje a gente olha com mais critério porque há dez anos a gente deixava passar muitas coisas. Hoje, a gente espera que os participantes sempre superem a turma anterior”, explica Marisa.
Na visão de Fogaça, os competidores têm se preparado cada vez mais para o game show. “A pessoa que se inscreve no MasterChef tenta várias vezes e já conhece nosso perfil, já assistiu todas as temporadas. A cada ano, eu percebo que as pessoas vêm mais preparadas porque elas começam a estudar mais, então eles já chegam com uma bagagem boa”, avalia.
“Cozinhar não é mais só uma forma de atender a uma necessidade fisiológica. Depois do MasterChef, passou a ser uma entrega de amor para a família. Quanto mais você conhece as técnicas básicas, melhores receitas é capaz de preparar, mais ingredientes consegue manipular e o universo em que você navega passa a ser mais abrangente também. Isso é muito bonito”, analisa Ana Paula Padrão.
10 anos de MasterChef Brasil em números
Mais de 2.000 competidores
Mais de 40.000 pratos servidos
Mais de 20.000 toneladas de alimentos doados
Mais de 5.000 litros de azeite
Mais de 85.000 unidades de ovos
Mais de 5.000 litros de vinagre
Mais de 7.000 litros de leite
Mais de 5.000 kg de queijo
Mais de 27 toneladas de carnes
Mais de 3.000 kg de manteiga
Mais de 7.000 litros de óleo
Mais de 7.000 kg de farinhas
Mais de 6.000 kg de açúcar
Mais de 30.000 litros de água
Mais de 150.000 kg de grãos
Mais de 2.000 kg de oleaginosas
Mais de 15.000 litros de bebidas