Em um mundo cada vez mais agitado, encontrar apoio emocional pode fazer toda a diferença na qualidade de vida. Para muitas pessoas, esse suporte vem na forma mais sincera: a companhia de um animal de estimação.
Mais do que conforto, eles podem auxiliar no tratamento de transtornos como ansiedade, depressão e fobia social, proporcionando segurança e estabilidade emocional. São os chamados animais de suporte emocional.
Segundo a psicóloga Luciana Meireles, da LM Alta Performance, que atua na área de saúde mental, o vínculo entre o tutor e o animal de suporte vai além do afeto comum. “É uma relação terapêutica que pode ser vital para o equilíbrio psicológico do indivíduo”, explica.
O que são animais de suporte emocional?
Esses pets auxiliam pessoas diagnosticadas com transtornos mentais ou emocionais. Diferentemente dos animais de serviço, como cães-guia para deficientes visuais, os pets de suporte emocional não realizam tarefas específicas, mas oferecem companhia, afeto e suporte terapêutico.
Cães e gatos são os mais comuns, mas outros animais, como coelhos, aves e até cavalos, também podem desempenhar esse papel, desde que proporcionem conforto real ao tutor e tenham comportamento adequado para conviver em espaços compartilhados.
O vínculo emocional é o ponto central; mais do que a espécie, importa a relação construída entre o tutor e o animal. Estudos mostram que a interação com esses animais reduz o estresse, a ansiedade e sintomas depressivos, além de promover o aumento da autoestima, da qualidade de vida e da socialização.
Onde esses animais podem circular?
Atualmente, a legislação brasileira não regula de forma ampla o direito de circulação de animais de suporte emocional, mas há projetos de leis federais em tramitação que tratam do assunto. Porém, decisões judiciais vêm reconhecendo progressivamente a importância desses pets. Em geral, eles podem ser autorizados a frequentar espaços públicos abertos, transportes públicos e até aviões, dentro da cabine.
Quer um exemplo? Apesar das companhias aéreas permitirem apenas animais de até 10 kg dentro da cabine em suas viagens, a 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná autorizou o embarque de Amora, uma cadela de 17 kg em um voo internacional com sua tutora. Com laudos médicos comprovando seu papel como suporte emocional para crises de ansiedade e certificado de adestramento, Amora foi reconhecida como animal de assistência emocional (ESA)!
Assim como esse, diversos casos similares vêm ganhando notoriedade e mudando o entendimento da relação entre os pets e seus tutores.
Como comprovar a necessidade?
Para oficializar um animal como suporte emocional, é necessário obter um laudo psicológico elaborado por um profissional de saúde mental, atestando que o pet é indispensável para o bem-estar do paciente.
Esse documento pode ser usado em processos judiciais ou negociações para garantir o acesso do animal a locais públicos e meios de transporte, como aviões. “Isso é obtido quando a presença do animal proporciona conforto, alívio e ajuda a controlar episódios agudos”, destaca a psicóloga.
Benefícios comprovados
A convivência com um animal pode liberar ocitocina, o chamado “hormônio do amor”, trazendo sensação imediata de bem-estar. São diversos os efeitos positivos que a presença de um animal de suporte emocional pode gerar:
- Redução do estresse e da ansiedade;
- Alívio de quadros depressivos;
- Estímulo à autoestima e ao senso de responsabilidade;
- Melhora da saúde física, como redução da pressão arterial;
- Incentivo à atividade física e à socialização.
A matéria acima foi produzida para a revista AnaMaria Digital (edição 1468, de 9 de maio de 2025). Se interessou? Baixe agora mesmo seu exemplar da Revista AnaMaria nas bancas digitais: Bancah, Bebanca, Bookplay, Claro Banca, Clube de Revistas, GoRead, Hube, Oi Revistas, Revistarias, Ubook, UOL Leia+, além da Loja Kindle, da Amazon. Estamos também em bancas internacionais, como Magzter e PressReader.
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