Infelizmente, a vida deles é muito curta – e, para quem os ama, nunca parece tempo suficiente. Perder um pet é uma dor que deixa um vazio enorme – só quem já passou por isso sabe. Afinal, eles não são “apenas animais”: são companheiros de jornada, confidentes silenciosos e parte da família. Mas, viver o luto é importante – e há maneiras de amenizar o sofrimento nesse período.
“Esse é um tipo de luto que nem sempre recebe o devido reconhecimento social, o que pode torná-lo ainda mais difícil. Buscar apoio e validar os próprios sentimentos é fundamental. Cada pessoa tem seu tempo. Para alguns, adotar outro pet leva anos; para outros, dias. O importante é respeitar o próprio ritmo”, diz a psicoterapeuta Renata Roma, pesquisadora da University of Saskatchewan, no Canadá.
Como lidar com a dor
Não existe uma única forma de enfrentar a perda – cada pessoa vive o processo à sua maneira. Mas algumas atitudes podem ajudar a atravessar esse momento com mais leveza.
- Permita-se sentir
Chore, silencie, fale ou se afaste se for preciso. Não existe maneira certa ou errada de viver o luto. Ignorar ou reprimir o que sente só prolonga o sofrimento. - Encontre suporte
Falar sobre a dor pode trazer alívio. Se as pessoas ao seu redor não compreendem o que você está passando, busque apoio profissional. Psicólogos especializados em luto ajudam a acolher e organizar as emoções. - Celebre a vida do seu pet
Tente transformar a saudade em memória afetiva. Veja fotos, vídeos e recordações com carinho. Fazer um mural, um álbum ou até um pequeno ritual em homenagem ao seu pet pode trazer conforto. Cada lembrança é uma forma de agradecer pelos momentos vividos. - Cuide de você
A tristeza consome energia e pode afetar o corpo. Alimente-se bem, durma e busque pequenas pausas de autocuidado. O luto também é um convite à gentileza consigo mesmo.
Quando o luto vem antes da perda
É comum que tutores com pets idosos ou doentes sintam medo constante de perdê-los. Esse sentimento tem nome: luto antecipatório – o processo de sofrer por uma perda que ainda não aconteceu. Essa angústia pode causar ansiedade e cansaço emocional, além de fazer o tutor focar mais no medo do que na vida presente do animal. Por isso, é essencial inverter a lógica: aproveite o tempo com seu pet. Leve-o para passear, brinque, fotografe, mime e compartilhe momentos tranquilos. O agora é o que ele mais valoriza.
Como falar disso com as crianças
“Evite eufemismos como ‘ele foi dormir’ ou ‘partiu’. Dizer com clareza que o animal morreu ajuda a criança a compreender a realidade e processar a perda. Rituais simbólicos, como plantar uma árvore ou montar um álbum, ajudam a transformar a dor em memória afetiva”, ensina Renata.
3 formas de homenagear seu pet
- Escreva uma carta de despedida
Colocar sentimentos no papel ajuda a organizar as emoções. Escreva sobre os momentos que viveram juntos, o que aprendeu com ele e como ele fez parte da sua vida. Guardar ou ler em voz alta pode ser um gesto simbólico de cura. - Homenageie
Pode ser através da pintura, de uma música, um desenho ou até um post nas redes sociais. Transformar a saudade em arte é uma forma de manter viva a presença do seu pet e de compartilhar o amor que vocês construíram. - Plante uma árvore ou adote uma causa animal
Plantar algo em nome do seu pet simboliza a continuidade da vida. Outra maneira bonita de homenageá-lo é ajudar um abrigo ou projeto de adoção. Assim, o amor que ele deixou em você continua se espalhando.
Um livro para ajudar nesse processo
A leitura pode ser uma aliada para entender e acolher esse tipo de perda, principalmente para as crianças. De maneira lúdica, o livro Adeus, Meu Amigo, ensina aos pequenos leitores que cada bichinho faz parte de nossa história e sempre estarão conosco, mesmo que partam dessa Terra.

No Estilo “vira-vira”, primeiro, você lê sob a perspectiva de Dan, um menininho de 7 anos. Ao virar o livro de ponta cabeça, acompanha a mesma história sob a perspectiva de Tobias, seu cachorrinho.
A matéria acima foi produzida para a revista AnaMaria Digital (edição 1491, de 17 de outubro de 2025). Se interessou? Baixe agora mesmo seu exemplar da Revista AnaMaria nas bancas digitais: Bancah, Bebanca, Bookplay, Claro Banca, Clube de Revistas, GoRead, Hube, Oi Revistas, Revistarias, Ubook, UOL Leia+, além da Loja Kindle, da Amazon. Estamos também em bancas internacionais, como Magzter e PressReader.








