Engana-se quem pensa que o pug é apenas um cãozinho de colo. A história dessa raça começa na China, por volta de 700 a.C., quando já existiam registros de cachorros de aparência semelhante. No entanto, foi só ao chegar à Europa, no século XVI, que o pug conquistou fama e prestígio. Levado pelos holandeses, o cão logo caiu nas graças da realeza — incluindo Josefina, esposa de Napoleão Bonaparte, e o príncipe Guilherme de Orange.
Não à toa, essa trajetória rendeu diferentes nomes à raça pug, como mop, carlino, pug-dog e até calindogue. E apesar de sua origem ainda gerar debates, com possibilidades asiáticas ou europeias, o carinho que despertou ao longo da história não deixa dúvidas: o pug veio para ser o fiel companheiro das famílias.
Aparência única: como reconhecer um pug
Com olhos expressivos e um corpo compacto, o pug chama atenção por onde passa. Seu formato é quadrado, robusto e musculoso, mesmo sendo de porte pequeno. Segundo os padrões oficiais, o peso ideal varia entre 6,3 kg e 8,1 kg, o suficiente para garantir estrutura sem comprometer a mobilidade.
Um dos principais traços da raça pug é a cabeça redonda, com rugas marcantes e focinho achatado. As orelhas são pequenas e aveludadas, podendo ser em botão (caídas para frente) ou rosa (dobradas para trás). Outro detalhe encantador é a cauda enrolada no dorso — de preferência com duas voltas, embora uma bem firme já seja aceita.
Personalidade marcante: o temperamento do pug
Além da beleza, o que realmente conquista no pug é sua personalidade. Dócil, afetuoso e equilibrado, esse cãozinho é ideal para famílias com crianças ou para quem vive em apartamento. Raramente late sem motivo e adora um colo — especialmente se estiver perto de quem ama.
Outro ponto positivo é sua adaptabilidade: ele pode acompanhar o ritmo da casa, sendo calmo quando tudo está tranquilo, mas também animado quando há estímulos. Porém, atenção: o pug não gosta de ficar sozinho por longos períodos. Por isso, é importante garantir companhia e carinho diariamente.
Cuidados com a saúde: atenção aos sinais do seu pug
Embora encantador, o pug é uma raça que requer atenção especial. Por ter focinho curto (característica conhecida como braquicefalia), ele tende a ter dificuldades respiratórias, especialmente em dias muito quentes ou durante atividades físicas intensas. Portanto, evite exageros nos passeios e mantenha o ambiente sempre arejado.
Além disso, as dobrinhas do rosto precisam de higienização frequente para evitar dermatites. Os olhos, por serem salientes, também merecem cuidado extra, já que estão mais suscetíveis a lesões e irritações.
Doenças comuns na raça pug incluem obesidade, problemas oculares, estenose nasal, luxação de patela e displasia coxofemoral. Por isso, visitas regulares ao veterinário e uma alimentação equilibrada são essenciais.
Legislação e criação responsável: o futuro da raça pug
Nos Países Baixos, uma lei aprovada em 2014 determinou regras rígidas para a criação de cães braquicefálicos. O objetivo é garantir que características físicas não comprometam o bem-estar dos animais. Entre os critérios estão o tamanho do focinho, a abertura das narinas e até testes de respiração para os reprodutores.
A medida serve de alerta: é fundamental buscar criadores responsáveis e priorizar o bem-estar do animal acima da estética. Afinal, o amor por um pug deve começar com respeito à sua saúde.
Resumo: Charmoso, companheiro e cheio de história, o pug é uma raça adorada no mundo todo. Apesar de suas limitações físicas, com os cuidados certos, ele pode levar uma vida feliz e saudável. Um verdadeiro amigo para quem busca afeto, lealdade e muitos momentos de alegria.
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