A obesidade é um problema crescente entre os animais de estimação no Brasil, especialmente entre cães e gatos. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (ABINPET), o país tem cerca de 30% dos pets acima do peso.
O médico veterinário Robson Vivas, diretor de produção da Pet Delícia, destaca que muitos tutores negligenciam sinais de sobrepeso, como aumento do volume abdominal e dificuldade em apalpar as costelas. Esses sintomas, quando não tratados, podem evoluir para complicações graves.
“O aumento do volume abdominal, a dificuldade em apalpar as costelas e a respiração ofegante, mesmo em repouso, são indícios de sobrepeso. A relutância em brincar ou se exercitar também deve ser observada”, explica o especialista, que ainda reforça a importância da avaliação veterinária.
Como lidar com o sobrepeso dos pets?
Os pets acima do peso enfrentam maiores riscos de saúde, como diabetes, problemas cardíacos, doenças articulares e até redução na expectativa de vida. Dietas inadequadas e a falta de exercícios físicos são dois dos agravantes mais comuns, que devem ser motivo de preocupação entre os donos.
Ou seja, é essencial saber como lidar com o problema para promover bem-estar e saúde para seu amigo de quatro patas, deixando-o longe de problemas de saúde. Mas afinal, como fazer isso? O veterinário recomenda uma estratégia simples: a alimentação natural.
“Ela oferece um controle preciso dos ingredientes e das quantidades, permitindo ajustes conforme o metabolismo e as necessidades do animal. Ideal para pets acima do peso, essa dieta proporciona uma nutrição equilibrada e rica em nutrientes essenciais”, afirma Robson.
De acordo com ele, os tutores podem oferecer carnes magras, vegetais, grãos e até suplementos naturais, garantindo uma dieta balanceada. Além disso, ela contribui para uma melhor digestão e saúde geral, proporcionando mais energia e disposição ao pet.
Outras estratégias para conter o sobrepeso dos pets
- Rotina alimentar
Estabelecer horários regulares para as refeições é uma estratégia fundamental para evitar o consumo excessivo por impulso ou ansiedade. A estratégia é ainda mais eficaz para animais que passam longos períodos sozinhos.
A organização da rotina alimentar contribui para um melhor equilíbrio nutricional e evita picos de fome, que podem levar ao consumo exagerado.
- Controle de petiscos
Vivas também destaca a importância do controle de petiscos. Embora sejam uma forma comum de demonstrar afeto, os petiscos, quando consumidos em excesso, podem aumentar o peso dos animais.
O especialista ainda alerta sobre os riscos de alimentos humanos, como pães e queijos, que contêm calorias extras desnecessárias e não são recomendados para cães e gatos. Nesse caso, vale optar por alternativas mais saudáveis, como cenoura, maçã ou pepino.
- Atividade física como parte do tratamento
Se a prática regular de atividades físicas é indispensável no combate à obesidade para os humanos, o cenário não seria diferente para os pets. Para cães, passeios de pelo menos 30 minutos, duas vezes ao dia, ajudam a manter um peso saudável. Já para gatos, que muitas vezes não têm o hábito de sair de casa, o uso de brinquedos e arranhadores pode estimular movimentos que contribuem para o gasto energético necessário.
Além de auxiliar no controle de peso, o incentivo à atividade física promove benefícios emocionais e comportamentais, reduzindo o estresse e aumentando a interação entre tutor e pet.
- Pesagens regulares e acompanhamento veterinário
Monitorar o peso regularmente é outra recomendação importante para identificar mudanças antes que o problema se agrave. Consultas periódicas ao veterinário permitem o ajuste de dietas e atividades, garantindo metas realistas de emagrecimento e manutenção da saúde.
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