Crescer ao lado de um animal de estimação traz ensinamentos que nos acompanham para a vida toda, favorece o desenvolvimento de habilidades emocionais e sociais. Segundo Renata Roma, psicoterapeuta e pesquisadora da University of Saskatchewan, no Canadá, o contato com animais pode ser um caminho natural para a criança aprender a se colocar no lugar do outro.
“O vínculo com o animal de estimação pode favorecer o desenvolvimento da empatia, principalmente quando é mediada por adultos, quando as necessidades do animal são respeitadas e a convivência é saudável. Nesse caso, a criança tem a chance de aprender sobre um conjunto de necessidades totalmente diferente das dela”, explica.
Ao observar o comportamento do pet, a criança aprende também a interpretar sinais e a lidar com frustrações.
Grandes professores
Entre os principais benefícios da convivência estão:
- Empatia e sensibilidade emocional: a criança percebe que outros seres sentem fome, medo ou alegria, o que fortalece a capacidade de se conectar afetivamente.
- Senso de responsabilidade: ao participar de tarefas simples, como trocar a água ou ajudar no passeio, ela aprende sobre cuidado, rotina e cooperação.
- Estímulo cognitivo: brincar com os animais ativa áreas do cérebro ligadas à concentração, memória e linguagem, além de despertar curiosidade e criatividade.
Pets trazem alívio emocional. Foto: FreePik
Consciência ambiental
A relação com os pets também pode servir como porta de entrada para um olhar mais atento sobre a natureza. Ao cuidar de um cão, gato ou mesmo de um animal menor, como um coelho ou peixe, a criança aprende que todo ser vivo tem necessidades próprias e merece respeito. Esse aprendizado amplia a percepção sobre os ambientes naturais e reforça a importância de preservá-los. “Ter mais tempo de convivência ao ar livre, em contato com a natureza, amplia ainda mais o respeito não só pelos animais, mas pelos ambientes naturais em que eles vivem”, destaca Renata.
O papel da família
Apesar dos inúmeros benefícios, a convivência entre crianças e animais precisa ser supervisionada. Cabe aos pais orientar, garantir o bem-estar do pet e ensinar a criança a respeitar os sinais de desconforto do animal. Isso evita acidentes e ajuda a construir uma relação segura para todos.
Manter o ambiente limpo, oferecer consultas regulares ao veterinário e prezar pela saúde do animal também são responsabilidades da família.
A matéria acima foi produzida para a revista AnaMaria Digital (edição 1489, de 3 de outubro de 2025). Se interessou? Baixe agora mesmo seu exemplar da Revista AnaMaria nas bancas digitais: Bancah, Bebanca, Bookplay, Claro Banca, Clube de Revistas, GoRead, Hube, Oi Revistas, Revistarias, Ubook, UOL Leia+, além da Loja Kindle, da Amazon. Estamos também em bancas internacionais, como Magzter e PressReader.









