A pesquisa TIC Saúde 2024 revelou que 17% dos médicos brasileiros já utilizam inteligência artificial generativa em sua rotina, com maior adesão em hospitais privados e instituições com mais de 50 leitos. Os principais usos incluem suporte em pesquisas (69%) e elaboração de relatórios médicos (54%). A adoção mostra que a tecnologia está ganhando espaço, sobretudo em atividades operacionais e repetitivas, permitindo ao médico focar no cuidado humano.
Para Antonio Carlos Júnior, fundador e CEO da Cia do Médico, a IA deve ser entendida como aliada, oferecendo agilidade na análise de exames, estruturação de relatórios e triagem de informações clínicas. Segundo ele, o desafio agora é garantir regulamentação adequada, protocolos de governança de dados e atualização na formação médica, com a inclusão do tema nos currículos.
Na visão do empresário, o futuro da medicina será marcado pela integração entre a precisão tecnológica e a sensibilidade humana. Os profissionais que souberem dominar essas ferramentas estarão em vantagem, unindo eficiência digital ao vínculo essencial com o paciente.
Como a IA está transformando o trabalho médico
A inteligência artificial já atua em áreas como interpretação de exames de imagem, apoio a diagnósticos complexos e predição de riscos clínicos.
Sistemas baseados em aprendizado de máquina conseguem identificar padrões sutis em radiografias, tomografias e ressonâncias, antecipando alterações que ainda não são visíveis ao olho humano. Isso reduz erros, acelera diagnósticos e melhora a precisão dos tratamentos.
Ética e segurança no uso de dados
Com o avanço da IA, cresce também a preocupação com a privacidade das informações médicas. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) exige que hospitais e clínicas adotem protocolos de segurança para evitar vazamentos e usos indevidos de dados sensíveis. O desafio é equilibrar inovação tecnológica com transparência e consentimento do paciente em cada etapa do atendimento digital.
IA na formação médica
Faculdades de medicina começam a incluir disciplinas sobre inteligência artificial, preparando futuros profissionais para usar ferramentas digitais de maneira crítica e responsável.
O aprendizado inclui desde o uso ético de algoritmos até a compreensão de limites da tecnologia, reforçando que o raciocínio clínico e a empatia continuam insubstituíveis.
O próximo passo: IA preditiva e personalizada
O futuro aponta para sistemas capazes de prever o risco de doenças antes mesmo do aparecimento dos sintomas, com base em dados genéticos e hábitos de vida.
Essa abordagem preditiva e personalizada pode revolucionar a medicina preventiva, permitindo tratamentos mais direcionados e melhor aproveitamento dos recursos de saúde.
A matéria acima foi produzida para a revista AnaMaria Digital (edição 1487, de 19 de setembro de 2025). Se interessou? Baixe agora mesmo seu exemplar da Revista AnaMaria nas bancas digitais: Bancah, Bebanca, Bookplay, Claro Banca, Clube de Revistas, GoRead, Hube, Oi Revistas, Revistarias, Ubook, UOL Leia+, além da Loja Kindle, da Amazon. Estamos também em bancas internacionais, como Magzter e PressReader.