Um novo relatório da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) revelou que mais de 60% da desigualdade de renda entre os países-membros é determinada por fatores familiares e educacionais, não pelo mérito individual.
O estudo, intitulado “To Have and Have Not – How to Bridge the Gap in Opportunities” (2025), analisou dados de 29 países e concluiu que a formação e a ocupação dos pais são os principais determinantes do sucesso econômico dos filhos. A escolaridade paterna explica cerca de 19% das diferenças de renda, enquanto a materna representa 16%, e a profissão de ambos soma quase 30% do impacto total.
Outros fatores, como gênero, país de origem e local de moradia na infância, têm influência bem menor. Em metade das nações analisadas, a combinação entre educação e ocupação dos pais responde por mais de 60% da desigualdade de oportunidades, chegando a ultrapassar 75% em alguns casos. A OCDE destaca que investimentos em educação infantil, políticas sociais e infraestrutura regional são as ferramentas mais eficazes para reduzir o peso da herança familiar no futuro econômico dos indivíduos.
O relatório reforça que o sucesso continua fortemente associado ao contexto de nascimento – um retrato de que, mesmo em sociedades desenvolvidas, o “ponto de partida” ainda define grande parte da trajetória. As políticas que garantem igualdade de acesso à educação e serviços essenciais são vistas como essenciais para que o mérito individual ganhe peso nas oportunidades de vida.
A matéria acima foi produzida para a revista AnaMaria Digital (edição 1495, de 14 de novembro de 2025). Se interessou? Baixe agora mesmo seu exemplar da Revista AnaMaria nas bancas digitais: Bancah, Bebanca, Bookplay, Claro Banca, Clube de Revistas, GoRead, Hube, Oi Revistas, Revistarias, Ubook, UOL Leia+, além da Loja Kindle, da Amazon. Estamos também em bancas internacionais, como Magzter e PressReader.








