A síndrome do olho seco, que afeta a qualidade ou quantidade da lágrima, é a condição mais frequente nos consultórios oftalmológicos, segundo a OMS.
E o impacto é claramente desigual: “Atualmente, para cada homem, três mulheres são diagnosticadas com olho seco”, afirma o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, diretor executivo do Instituto Penido Burnier. Os gatilhos variam desde o uso prolongado de telas até alterações hormonais, menopausa, uso de anticoncepcionais e até cosméticos e procedimentos estéticos na região dos olhos.
“A principal causa é, sem dúvida, o uso abusivo de telas”, explica o médico. Ele aponta que, ao fixar os olhos em celulares ou computadores, piscamos menos, o que reduz a lubrificação ocular.
Além disso, fatores hormonais, como a queda de estrogênio durante o climatério, uso prolongado de anticoncepcionais e doenças autoimunes, aumentam a propensão ao ressecamento.
Há ainda o risco relacionado ao uso de cosméticos sem testes oftalmológicos. “Substâncias como o formaldeído, presentes em maquiagens, podem provocar lesões e iniciar o processo de olho seco por deficiência aquosa da lágrima”, destaca.