Viajar de avião costuma ser prático e rápido, mas o ambiente dentro da aeronave tem características que podem incomodar o nariz, a garganta e os ouvidos. O ar mais seco, a variação de pressão durante a decolagem e o pouso e a permanência em um ambiente fechado explicam boa parte dos sintomas respiratórios e auditivos relatados após o voo. Com alguns cuidados simples, é possível evitar desconfortos e chegar ao destino se sentindo bem.
Por que o avião afeta nariz, garganta e ouvidos?
Dentro da cabine, o ar é significativamente mais seco do que em ambientes comuns, o que resseca as mucosas do nariz e da garganta. Além disso, a mudança de pressão durante a subida e a descida do avião exige que o ouvido faça um esforço maior para se adaptar, o que nem sempre acontece de forma eficiente, principalmente em quem já tem alguma condição respiratória.
Hidratação: a regra número 1
O ar seco favorece irritação nasal, ardência na garganta e sensação de nariz entupido. Para minimizar esses efeitos, é importante beber água ao longo do voo, evitar excesso de café, álcool e bebidas muito açucaradas e, sempre que possível, utilizar soro fisiológico no nariz antes e após a viagem. Manter a mucosa hidratada ajuda a preservar a defesa natural das vias aéreas e reduz o risco de dor de garganta.
Cuidados com o desconforto nasal
Pessoas com rinite, sinusite ou nariz mais sensível costumam sentir os efeitos do voo com maior intensidade. Levar um spray nasal salino, evitar perfumes fortes, manter o nariz limpo antes do embarque e utilizar a medicação prescrita pelo médico em caso de crise alérgica são medidas simples que fazem diferença durante a viagem.
Protegendo os ouvidos, especialmente na decolagem e no pouso
A dor de ouvido no avião ocorre quando há dificuldade de igualar a pressão entre o ouvido e o ambiente externo. Para facilitar esse processo, mascar chiclete, bocejar e engolir saliva com frequência ajudam bastante. Em crianças pequenas, oferecer mamadeira, água ou chupeta nesses momentos costuma ser eficaz. Quando a pessoa está resfriada, com sinusite ou com o nariz muito entupido, a equalização da pressão se torna mais difícil, o que pode causar dor intensa ou sensação de ouvido tampado após o voo.
Evite viajar doente, se possível
Quadros de gripe, sinusite ou alergia intensa aumentam o risco de dor de ouvido, piora dos sintomas nasais e até sangramento pelo nariz. Quando a viagem não pode ser adiada, vale reforçar o uso de soro fisiológico antes do embarque, manter a medicação habitual por perto e procurar avaliação médica se a dor de ouvido persistir por mais de dois dias após o voo.
Atenção ao ruído constante do avião
O barulho contínuo da turbina, apesar de seguro, pode incomodar pessoas mais sensíveis ao som. Nesses casos, protetores auriculares simples ou fones com cancelamento de ruído ajudam a reduzir o incômodo. Ao ouvir música ou assistir a filmes, é importante evitar volumes elevados para não sobrecarregar a audição.
Quando procurar um médico após a viagem
É indicado buscar avaliação médica se houver dor de ouvido que não melhora após 48 a 72 horas, sensação persistente de ouvido tampado, surgimento de zumbido, sangramento nasal frequente ou piora importante dos sintomas respiratórios.








