A atriz ainda falou sobre o racismo nas novelas: ''As coisas estão melhores''
A atriz Zezé Mota revelou que precisou procurar ajuda após a morte da mãe, Maria Elazir, que faleceu no início de maio deste ano.
Em entrevista para a 'Veja', publicada nesta sexta-feira (19), a estrela de 75 anos contou que voltou a fazer análise para enfrentar a dor da perda.
"Minha mãe morreu aos 95 anos, há dois meses. Nada relacionado com a Covid, ela era diabética e hipertensa. Na última conversa que tivemos, ela me falou: 'A vida está chata: só tomo remédio e sou repetidamente internada'. Mas a partida machuca. Voltei a fazer análise, agora online", relatou.
RACISMO NAS NOVELAS
Ainda na entrevista, a atriz deu sua opinião sobre o racismo nas novelas. Para ela, os negros conseguem bem mais papéis de destaque nos folhetins hoje em dia.
"Se eu fosse chamada para fazer um trabalho, não haveria espaço para a Neusa Borges. Quando a Chica Xavier era escalada, não tinha vez para a Ruth de Souza. As coisas estão melhores, com mais personagens negros em papel de destaque", ela diz.
Porém, ela ressalta: 'Mas não há na TV diretor nem autor negros. Não tenho nada contra fazer o papel da doméstica, jamais discriminaria uma classe. Mas o personagem negro só fazia motorista, enfermeira e doméstica — e não tinha filhos nem família: vivia a reboque dos personagens brancos", concluiu.