Atriz viveu duas personagens com grande carga dramática nas novelas de Manoel Carlos
Regiane Alves, no ar nas reprises de ‘Laços de Família’, na Globo, e ‘Mulheres Apaixonadas', no Viva, interpretou grandes personagens dúbios em sua carreira. Nas produções de Manoel Carlos, ela foi Clara e Dóris, duas mulheres que viam na maldade uma forma de colocar os sentimentos para fora.
“Hoje, aos 42, eu faria de uma outra maneira, com certeza. Com um mergulho diferente. Com o passar dos anos, a gente se abre para novos papéis. Agora, na próxima temporada de 'Malhação', vou viver a mãe de um adolescente. Uma psicóloga que deixou a carreira para se dedicar à família e que quer retomar seu lado profissional”, disse ela em entrevista à Patrícia Kogut, do jornal O Globo.
A artista ainda brincou com o fato de todos estarem confinados e ela não ‘sofrer’ com a repercussão das novelas nas ruas: “Escolheram bem a época para passar as novelas em que eu era odiada. Confinada, estou segura das agressões”.
Para Alves, este tipo de sentimento do público é sinal de um bom trabalho. “Uma obra assim fica tão presente nas nossas vidas que, mesmo 20 anos depois, ainda toca. As pessoas querem assistir porque têm essa lembrança boa, uma espécie de saudosismo. Para mim, como atriz, é uma loucura. Sempre penso que poderia ter feito de outro jeito porque sou muito crítica”, opina.
MEMÓRIA
Regiane relembrou as cenas de quando maltratou os avós em ‘Mulheres’, e desmascarou Capitu (Giovanna Antonelli) em ‘Laços’.
“Esse tipo de cena forte fica na memória das pessoas. Eu, por exemplo, nunca esqueci a sequência em que a personagem da Cláudia Abreu era baleada em 'Anos rebeldes'. O vilão tem uma magia que encanta as pessoas. Acho que isso se deve ao fato de eles poderem falar tudo o que os demais personagens pensam, mas não dizem. E que, às vezes, reflete o pensamento do público, ainda que seja algo negativo”, reflete.