Dúvida é comum entre as grávidas; especialista diz ser necessário analisar cada caso
Qual é a melhor opção de parto? A dúvida, normal entre as gravidinhas, também é uma preocupação para a apresentadora Júlia Pereira, que espera há seis meses sua primeira filha, fruto do casamento com o empresário Amilcare Dallevo Neto.
Para tentar ter a bebê de forma natural, ou seja, sem nenhum tipo de intervenção cirúrgica, ela conta para AnaMaria Digital que investiu na fisioterapia na tentativa de fortalecer o assoalho pélvico, justamente para que os músculos entendam o movimento de expulsão.
"Também fiz um cursinho de preparação, inclusive o meu marido fez comigo, porque assim ele pode me dar o apoio emocional e vai entender as fases do trabalho de parto”, explica a modelo.
Apresentadora Júlia Pereira espera a primeira filha. (Crédito: Arquivo Pessoal)
CESÁREA EM ALTA
A escolha de Júlia não parece ser a mais popular entre as brasileiras. Em 2019, e na contramão de recomendações internacionais, o Brasil viveu uma epidemia de cesáreas com uma taxa de mais de 55% de partos cirúrgicos, perdendo apenas para a República Dominicana neste ranking. No entanto, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), apenas entre 10% e 15% dos nascimentos teriam realmente a necessidade de uma cesariana por motivos médicos.
Em comparação com a Europa, os índices brasileiros também são bastante elevados, até mesmo entre países que lideram esse ranking na região, como a Alemanha, onde há uma taxa de 30,5% de cesarianas, ou o Reino Unido, com 27,8%. Já na França, a cesariana é realizada em 19,6% partos, na Noruega, em 16,1%, na Suécia, em 17,4%, e na Dinamarca, em 19,5%.
De acordo com o obstetra Felipe Lazar Junior, o ideal no país seria entre 10 e 30% de cesáreas em uma população saudável, pois o parto naturall é mais seguro. "Em condições normais, ele é a melhor opção tanto para a mãe, quanto para o bebê", ressalta. E não faltam vantagens: a recuperação da mulher costuma ser mais rápida e o leite geralmente desce mais cedo, além do fato de a criança entrar em contato com bactérias da vagina, criando maior imunidade.
Mas essa pode ser uma opção complicada caso a mulher tenha algum problema de saúde. Assim, quando corretamente indicada, a cesariana é uma cirurgia que pode salvar vidas. Seus poréns são a perda sanguínea três vezes maior, risco de infecção, dores no pós-parto e a cicatriz na barriga. "O mais correto é sempre consultar seu médico para saber qual a melhor opção dentro do seu quadro clínico", ressalta Lazar Junior.
TUDO BEM!
A apresentadora da RedeTV!. reitera que está fazendo o possível para que dê tudo certo e consiga ter a pequena Suzanne por meio de parto natural, mas diz estar tranquila em relação a cesárea, caso precise passar pelo procedimento.
Com a gestação, Júlia voltou todo o conteúdo de seu canal para o universo da maternidade, e a cada semana leva especialistas diferentes para abordar todos os assuntos que possam gerar dúvidas para outras mães.