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O que é a meningite meningocócica, doença que causou a morte do neto de Lula 

O garoto de 7 anos deu entrada no hospital de manhã e acabou falecendo

Da Redação Publicado em 01/03/2019, às 18h51 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h46

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O ex-presidente Lula com o neto Arthur Araújo Lula da Silva, 7 anos, que morreu nesta sexta-feira, vítima de uma meningite. - Instituto Lula
O ex-presidente Lula com o neto Arthur Araújo Lula da Silva, 7 anos, que morreu nesta sexta-feira, vítima de uma meningite. - Instituto Lula

Arthur Lula da Silva, neto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, morreu na manhã desta sexta-feira (1º) após dar entrada no Hospital Bartira, em Santo André, no ABC paulista, por meningite meningocócica, do tipo bacteriana.

A meningite é uma doença grave que pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como bactérias, fungos e vírus. A do tipo bacteriana costuma apresentar um quadro clínico mais grave.

No Brasil, casos de meningite são esperados ao longo de todo o ano, sendo a ocorrência das bacterianas mais comum no inverno e, das virais, no verão.

A meningite meningocócica é uma infecção bacteriana das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, podendo causar sequelas e até a morte. 

Por ser uma doença grave, é importante conhecer os diferentes tipos e saber como se prevenir. Confira abaixo algumas informações sobre a doença.

Quais as diferenças entre meningite viral e meningite bacteriana?
As meningites bacterianas são, do ponto de vista clínico, as mais graves. A meningocócica certamente está entre as doenças imunopreveníveis (podem ser evitadas com vacina), e geralmente ocasionam epidemias. Já as virais podem se expressar por meio de surtos, porém com menor gravidade.

O que é doença meningocócica? 
A Doença Meningocócica ocorre quando há uma infecção das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Outra forma é quando a bactéria atinge a corrente sanguínea, chamada de meningococcemia.

Mesmo quando a doença é diagnosticada precocemente e o tratamento adequado é iniciado, de 8% a 15% dos pacientes vão a óbito, geralmente dentro de 24 a 48 horas após o início dos sintomas. Se não for tratada, é fatal em 50% dos casos e pode resultar em dano cerebral, perda auditiva ou incapacidade em 10% a 20% dos sobreviventes.

Transmissão
A doença pode ser transmitida de uma pessoa para outra por contato direto através de tosse, espirro e beijo, por exemplo. Aproximadamente 10% dos adolescentes e adultos possuem a bactéria na orofaringe (“garganta”) e podem transmiti-la mesmo sem adoecer – são chamados de portadores assintomáticos.

Sintomas
Os sintomas iniciais são febre, irritabilidade, dor de cabeça, perda de apetite, náusea e vômito — que podem ser confundidos com outras doenças infecciosas.

Na sequência, o paciente pode apresentar pequenas manchas arroxeadas na pele, rigidez na nuca e sensibilidade à luz.

Se não for rapidamente tratado, o quadro pode evoluir para confusão mental, convulsão, sepse e choque, além de falência múltipla de órgãos.

Prevenção
A vacinação é considerada uma forma eficaz na prevenção da doença, e é indicada para crianças a partir dos 2 meses de idade, adolescentes e adultos. 

Outras formas de prevenção são evitar aglomerações e manter os ambientes ventilados e limpos.

DR. JESSÉ ALVES, infectologista e gerente médico de vacinas da GSK