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Especialista explica complicações da lipoaspiração, procedimento que tirou a vida da cantora Fernanda Fé

Conheça os cuidados ao se submeter a uma lipoaspiração, procedimento que matou Fernanda Fé

Naty Falla e Ana Caroline Mota Publicado em 21/09/2019, às 17h46 - Atualizado às 17h47

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Fernanda Fé morreu após complicações de uma lipoaspiração - Reprodução/Instagram
Fernanda Fé morreu após complicações de uma lipoaspiração - Reprodução/Instagram

A cantora Fernanda Fé, 41, morreu na última sexta-feira (20), vítima de complicações de uma lipoaspiração realizada em agosto.

A artista teria sofrido uma embolia pulmonar, e mesmo sendo internada em três hospitais diferentes, não resistiu. 

Em entrevista para a AnaMaria Digital, Wendell Uguetto, cirurgião plastico da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e do Hospital Albert Einstein, afirmou que Fernanda sofreu um trombo que estava na perna e embolizou para o pulmão, e que ela deveria ter passado por uma medida de prevenção da trombose. 

"Na lipo, a gente mobiliza o núcleo de gordura do paciente nos primeiros dias para que esse espaço vazio seja substituído por líquidos. Ela é uma maior causa de trombose porque altera a viscosidade do sangue na primeira semana da cirurgia. Não acontece apenas na lipo, em outras cirurgias (não plásticas) também podem ocorrer", explicou. 

OS RISCOS

O cirurgião plástico ainda garantiu que a lipoaspiração é um procedimento de baixo risco, no entanto, complicações podem aparecer por causa do paciente ou do cirurgião. 

"Muito provavelmente, há algo no organismo que não tolerou o processo. A grande maioria das pessoas passam por complicações por conta de uma sequência de pequenos erros", disse. 

Wendell ressaltou que os erros podem ser um hospital com estrutura ruim, operatório inadequado ou algum protocolo que não foi seguido de acordo. 

CUIDADOS 

Ao decidir se submeter a uma lipoaspiração, é necessário que o paciente esteja atento ao profissional escolhido e o local onde será realizada o procedimento, uma vez que 90% dos processos envolvendo cirurgia plástica, são de médicos não especializados.

Para se certificar da formação do profissional, qualquer paciente pode acessar o site da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e se certificar se o nome em questão está cadastrado.

"No site da sociedade brasileira de cirurgia plástica é possível também, através do número do CRM, saber se esse médico é especialista na área", indica Wendell.

No entanto, ele lembra que as pessoas que podem se submeter ao procedimento são as que estão em condições de saúde adequada, desejam melhorar alguma coisa no corpo e passaram por um especialista que realmente indique essa cirurgia. 

A contraindicação é para aquele que não tem gordura, não tem uma expectativa diferente da realidade, almejam um resultado fora da realidade e não tem condições clínicas.

"Temos que colocar na balança o grau de melhora x risco. Se o risco é muito maior, essa cirurgia é contraindicada. Uma cirurgia estética é feita para que a pessoa saia melhor e não pior", garantiu o especialista.