Especialista explica os principais golpes aplicados e como ter uma navegação mais segura
Cerca de 3,6 tentativas de fraude na internet acontecem por minuto no Brasil, de acordo com dados do laboratório de cibersegurança da Psafe. Entre janeiro e agosto de 2018, por exemplo, o Brasil registrou cerca de 920 mil ocorrências de golpes pela web cujo intuito era roubar dados bancários.
Gustavo Quedevez, advogado especialista em Direito Digital pela Bucerius Law School (Alemanha), ressalta a necessidade das pessoas protegerem seus dados pessoais. “São as informações mais valiosas que temos. Não é à toa que a União Europeia e até o Brasil decretaram suas próprias legislações relativas à proteção de dados”, explica.
Quase todo mundo conhece alguém que já caiu em alguma cilada cibernética. Neste Dia Mundial da Internet, comemorado nesta sexta-feira (17), AnaMaria separou algumas dicas para que você não seja a próxima vítima. Caso aconteça, saiba quais seus direitos e como tentar reverter a situação!
BOLETOS FALSOS
Este é o tipo de golpe mais recente. Nele, a pessoa recebe um documento que parece real. No entanto, o código de barras direciona o dinheiro pago para contas e instituições bancárias diferentes da que estavam descritas no papel.
Como uma forma de diminuir as fraudes, os bancos passaram a exigir confirmação sobre o emissor do boleto. “Esta é uma prática simples, mas que já se mostrou capaz de diminuir os efeitos desse golpe”, conta o advogado.
Na hora das compras, é importante verificar se existem selos de certificações de segurança no site em que você navegando e irá adicionar seus dados. Eles costumam ficar no final da página.
CUIDADO COM AS REDES SOCIAIS
O especialista alerta que devemos ser muito cuidadosos sobre as informações que publicamos em sites como Facebook, Instagram, Twitter, entre outros. Isso porque os golpistas coletam dados nelas para que a fraude seja o mais fiel possível. Neste caso, o recomendado é usar filtros de acesso disponibilizados pelas mídias sociais.
“O WhatsApp tem uma funcionalidade simples, mas oportuna, que impede que pessoas que não estejam inseridas nos seus respectivos contatos visualizem sua foto de perfil”, explica Gustavo. Desse modo, você tem controle de quem está tendo acesso ao seu conteúdo privado.
E-MAIL DE BANCO?
Esse é um dos métodos mais utilizados por golpistas para terem acesso a cartões e contas no banco. Se quiser evitar qualquer dor de cabeça, quando tiver dúvida sobre o remetente, questione a instituição bancária por meio de seus canais oficiais de comunicação.
E, atenção: normalmente eles não utilizam e-mail para entrar em contato com o cliente. Assim, evite confiar em solicitações de dados que chegem na sua caixa de entrada.
CAÍ EM UMA FRAUDE. E AGORA?
Segundo Quedevez, tudo depende do tipo de golpe que foi aplicado. O primeiro passo é bloquear os cartões e deixar registrado o quanto antes que você identificou as compras irregulares.
Depois disso, é interessante formalizar um Boletim de Ocorrência, de modo a dar conhecimento às autoridades de que há um terceiro agindo em seu nome.
Saiba ainda que é obrigação do vendedor conferir os dados utilizados para a compra de seus produtos. “Se ele não adotou as precauções necessárias para confirmar as informações, deverá arcar com a responsabilidade”, esclarece.
Neste caso, é necessário entrar em contato com o Procon ou o Juizado Especial Cível para prestar queixas e tentar ter seu dinheiro de volta.
COMO ME PREVENIR?
Existem alguns conselhos que podem deixar sua experiência na internet ainda mais segura. Confira!