Na fase certa, ela funciona como uma vacina contra problemas de comportamento na vida adulta do pet
Especialistas costumam dizer que uma sociabilização benfeita, na fase certa, funciona como uma vacina contra problemas de comportamento na vida adulta do pet. Por uma boa sociabilização entenda: expor o filhote a estímulos visuais, sonoros, olfativos, texturas, animais e pessoas diferentes, para fazê-lo associar esses estímulos a coisas bacanas. Assim, quando o pet deparar com experiências diferentes terá mais chances de encará-las de forma equilibrada, sem medo excessivo ou agressividade.
Como fazer?
Primeiro, cuidado com os riscos de contaminação, pois os filhotes estão em fase de vacinação. Para evitar o perigo, leve-os no colo ou numa caixa de transporte. Quando alguém quiser interagir com eles, deve usar álcool gel nas mãos. Além disso, é importante mostrar objetos que farão parte da vida do filhote de forma a permitir que não sejam assustadores: aspirador de pó, secador de cabelo, guarda-chuvas... Enfim, tudo que seja diferente e possa ser entendido como ameaça. Devemos expô-los a sons de fogos e trovões, associando esses barulhos a petiscos, brincadeiras e carinho. Caso perceba que está demonstrando medo diante de alguns barulhos, diminua o volume até que ele se mostre mais tranquilo.
Diferente para cães e gatos
A fase de sociabilização é um período onde o cérebro dos pets está propício a assimilar as experiências vivenciadas, podendo encará-las de forma tranquila ou desenvolver traumas. Por isso, essas experiências devem ser boas, saudáveis e associadas a recompensas. O tempo para agir costuma ser curto. A fase de sociabilização dos cães vai até os 3 meses de vida. A dos gatos, até os 2 meses. Portanto, não perca tempo: arregace as mangas e comece a mostrar para ele que o mundo é um lugar cheio de coisas legais!
PERGUNTA QUE A ESTOPINHA RESPONDE
"Estopinha, por que o Barthô gosta taaaanto de carinho??? As daqui de casa não gostam muito, não..."
Emerson Viana, São Paulo - SP
Tio, é que cada um tem um jeitico, né? O Barthô ama carinho porque ele é muito ansioso, gosta de estar perto dos papis o tempo todo, não gosta de ficar sozinho... Eu sou diferente, só gosto de carinho quando eu quero (risos). Se a mamis me aperta muito, corro para um cantinho para relaxar. O importante é todo mundo se respeitar.
CURIOSIDADE
Exigente
Os gatos não gostam de comer a ração deixada o dia todo no potinho. Ofereça o alimento em porções. Espalhe pequenas quantidades pela casa, em lugares altos ou escondidos, para que ele se interesse pela comida e siga seu instinto.
Alexandre Rossi é zootecnista e especialista em comportamento pet. Autor de sete livros, fundou a Cão Cidadão (caocidadao.com.br) e comanda o Pet na Pan (rádio Jovem Pan), Missão Pet (Nat Geo) e participa do É de Casa (Globo).