A novela ‘Nos Tempos do Imperador’ estreou no último dia 9 de agosto na TV Globo. A única trama inédita da emissora no ar, o folhetim histórico é inspirado na trajetória de Dom Pedro II, segundo Imperador do Brasil. Outra curiosidade é que a trama é uma continuação direta de ‘Novo Mundo’ (TV Globo – 2017).
Alguns personagens, como Teresa Cristina, Condessa de Barral, e as princesas Leopoldina e Isabel já apareceram no primeiro capítulo, mas será que os autores seguirão suas vidas até os respectivos finais, sendo alguns deles trágicos?
Com a ajuda de Aventuras na História, AnaMaria Digital mostra os personagens de ‘Nos Tempos do Imperador’ que existiram na vida real e fazem parte da história do Brasil!
(Foto:Arquivo/TV Globo/Paulo Belotte)
Dom Pedro II, Imperador do Brasil (Selton Mello)
Filho de Dom Pedro I e da Imperatriz D. Maria Leopoldina, Pedro II, alcunhado o Magnânimo, foi o segundo e último monarca do Império do Brasil. Ele reinou o país durante um período de 58 anos. Desde pequeno, aprendeu a lidar com a perda: a mãe faleceu quando ele tinha cerca de 1 ano de idade; já o pai o deixou aos 5 anos, por conta da guerra, e morreu quando ele tinha 9.
Casou-se com Teresa Cristina de Bragança e teve quatro filhos: Afonso Pedro, Isabel do Brasil, Leopoldina do Brasil e Pedro Afonso. Dos herdeiros, apenas as meninas chegaram à idade adulta. Durante seu reinado, viveu um romance com a Condessa de Barral, a professora de suas filhas. Apesar do caso extraconjugal, era respeitoso com sua esposa, mas não a amava. O imperador morreu em 1891, aos 66 anos, vítima de uma pneumonia.
(Foto:Arquivo/TV Globo/Paulo Belotte)
Teresa Cristina Maria de Bourbon, Imperatriz do Brasil (Letícia Sabatella)
Teresa Cristina, apelidada de “Mãe dos Brasileiros”, foi a esposa do imperador Pedro II e imperatriz consorte do Império do Brasil de 1843 até a Proclamação da República, em 1889. Ficou conhecida historicamente por sua bondade, que viria passar à herdeira, Isabel, além do apreço pelas artes.
Diferentemente das grandes casas da época, que reuniam diversos empregados, em sua maioria escravos, Teresa contava com ajuda de apenas uma pessoa, a quem fazia questão de pagar salário. Nascida em uma região rica em sítios arqueológicos, desde jovem a princesa do ramo Bourbon dedicou-se ao estudo da história e arqueologia. Considerada “apagada” da história por conta do machismo, deverá ganhar uma nova roupagem na novela.
(Foto:Arquivo/TV Globo/Paulo Belotte)
Luísa Margarida de Barros, a Condessa de Barral (Mariana Ximenes)
Luísa Margarida Portugal de Barros, conhecida como condessa de Barral e marquesa de Monferrato, foi uma nobre brasileira casada com o francês Conde de Barral. Tempos depois, virou amiga de D. Francisca de Bragança, irmã de D. Pedro II, e foi escolhida para ser preceptora das princesas Isabel e Leopoldina, ou seja, responsável pela educação das jovens.
A Condessa se envolveu em um caso extraconjugal com Dom Pedro II durante 34 anos, acabando somente com a morte deles, que faleceram com um mês de diferença. Quando Leopoldina e Isabel chegaram à maioridade e se casaram, sua tutora retornou para a Europa. Foi neste momento que o relacionamento dela com o Imperador do Brasil se fortaleceu, por meio de cartas.
(Foto:Arquivo/TV Globo/Paulo Belotte)
Isabel de Bragança, Princesa Imperial do Brasil (Giulia Gayoso)
Primeira herdeira do Império do Brasil, Isabel ficou marcada pela personalidade muito semelhante à de sua mãe, Teresa Cristina. Teve um papel importante na história ao servir três vezes como regente do Império, enquanto seu pai, Dom Pedro II, viajava pelo exterior.
Simpatizante do movimento abolicionista, assinou a Lei do Ventre Livre, em 1871, que concedeu a liberdade a filhos de escravos nascidos a partir daquela data; e a Lei Áurea, em 1888, responsável por dar liberdade a todos os escravos que ainda existiam no Brasil.
(Foto:Arquivo/TV Globo/Paulo Belotte)
Leopoldina de Bragança, Princesa do Brasil (Bruna Griphao)
A caçula de Dom Pedro II e Teresa Cristina teve uma vida muito breve. Criada para se tornar uma mulher independente, assim como sua irmã mais velha, Leopoldina, desenvolveu interesse pela filosofia, álgebra, astronomia, mineralogia, botânica e desenho, além de falar os principais idiomas da Europa e da América.
Casou-se jovem, em um esquema arranjado, com Luís Augusto de Saxe-Coburgo-Gota. A princesa transitava muito entre o Brasil e Europa, terra natal de seu marido, e dava à luz aos filhos sempre em solo americano. Morreu aos 23 anos em Viena, na Áustria, em decorrência da febre tifóide.
(Foto:Arquivo/TV Globo/ João Miguel Junior)
Luís Alves de Lima e Silva, Duque de Caxias (Jackson Antunes)
Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, apelidado de “O Pacificador” e “O Duque de Ferro”, foi um militar, político e monarquista brasileiro. Caxias seguiu uma carreira militar, assim como seu pai e tios.
(Foto:Arquivo/TV Globo/ João Miguel Junior)
Gastão de Orleans, Conde d’Eu (Daniel Torres)
Marido da Princesa Isabel e Príncipe Consorte do Brasil, Gastão não era bem visto no Brasil por conta de suas ideias políticas, consideradas liberais pelo gabinete conservador de Dom Pedro II. Na Guerra do Paraguai, pessoas diziam que d’Eu ordenou que matassem todos, incluindo mulheres e crianças, criando uma rede de difamação contra o Príncipe Consorte do Brasil.
(Foto:Arquivo/TV Globo/ João Miguel Junior)
Luís Augusto de Saxe-Coburgo, almirante da Armada Imperial Brasileira (Gil Coelho)
Luís Augusto Maria Eudes de Saxe-Coburgo-Gota foi um príncipe alemão da Casa de Saxe-Coburgo-Gota, oficial da Marinha austro-húngara e almirante da Armada Imperial Brasileira, casado com a Princesa Leopoldina do Brasil, filha de Dom Pedro II.
Ele, um nobre alemão, influenciou Leopoldina para que esta renunciasse à realeza brasileira, tornando-se Duquesa de Saxe. Desta forma, o caminho do trono brasileiro ficou inteiramente para Isabel, primeira na linha de sucessão, que na época não teve filhos homens.
(Foto:Arquivo/TV Globo/Paulo Belotte)
Francisco Solano López (Roberto Birindelli)
Francisco Solano López Carrillo foi o segundo presidente constitucional da República do Paraguai, exercendo o cargo de 1862 até sua morte. Foi comandante das Forças Armadas e chefe supremo do seu país durante a Guerra do Paraguai.
Segundo dados históricos, ele foi executado em Cerro Corá (RN), a mando de Dom Pedro II, em 1º de março de 1870. O Paraguai o considera como herói, enquanto para os povos do Brasil e Argentina, Solano foi um criminoso.