‘Terra e Paixão’ estreou na noite desta segunda-feira (8) levando ao telespectador uma sequência de histórias com cara de “novelão” clássico. Escrita por Walcyr Carrasco e dirigida por Luiz Henrique Rios, a nova novela das nove da Globo mostrou, já de cara, o potencial para “adubar” o horário nobre e levantar a audiência da faixa da emissora com uma trama rural e intensa.
Já no início do primeiro capítulo, a história, literalmente, “pegou fogo” após um tiro matar Samuel (Ítalo Martins) em menos de cinco minutos de novela e um incêndio criminoso atingir a casa da protagonista Aline (Bárbara Reis) que, como outras mocinhas do novelista, já deixou claro ao público que não desistirá de dar a volta por cima – no melhor estilo promessa de justiça que o autor sabe fazer.
Apesar de não rechear o início do folhetim com cenas apaixonadas, a trama também apontou o triângulo amoroso que será desenvolvido em meio ao conflito de interesses envolvendo as terras de Aline e o interesse de dois irmãos em meio a rolos e segredos do passado envolvendo as terras sul-matrogrossenses,.
O capítulo inicial de ‘Terra e Paixão’ também reuniu nomes adorados pelos noveleiros, encarnando tipos que têm tudo para dar certo, como o boa-pinta Caio, de Cauã Reymond, a misteriosa Cândida, vivida por Susana Vieira e os “curingas” Gloria Pires e Tony Ramos, na pele de um casal de fazendeiros perversos que esbanjam elementos de sobra para serem odiados por quem está com sede de não desgrudar da TV.
Com ares intensos como as tramas latinas – da abertura à composição de cenas e personagens -, ‘Terra e Paixão’ mostrou também que veio para “esquentar” a faixa. Do simbolismo da cor vermelha escancarada no início do capítulo ao exagero dramático de alguns diálogos, a novela engata, já em seu primeiro momento, sem prometer inovações, mas garantindo uma história acessível e generosa, como a “terra vermelha”, chavão repetido ao longo do capítulo, que representa o pano de fundo do cenário agro e distante da realidade cotidiana de muitos brasileiros.