Nesta semana, a influenciadora Neyleen Ashley animou os fãs com uma notícia não tão comum, de que leiloaria suas próteses de silicone. O motivo? A influenciadora alega ter sentido fortes dores de cabeça causadas pelo uso das próteses. Ashley chegou a investir o equivalente a R$ 86 mil em 3 cirurgias para turbinar os seios, chegando a carregar 1255 ml, aplicando as maiores próteses disponíveis e autorizadas nos EUA, para assim atingir a meta planejada.
Com o anúncio de que a influencer leiloaria as suas próteses, usuários das redes sociais e até mesmo os fãs que ficaram interessados em comprá-las, expuseram suas dúvidas em relação ao reaproveitamento das próteses, e claro, se o procedimento é seguro. Para isso, consultamos o cirurgião plástico Renato J. Freitas, que de pronto informa que não é aconselhado o reaproveitamento de próteses já usadas por outras pessoas. “De forma alguma, esta prática é inconcebível não somente desaconselhada, pois além de ser único para cada indivíduo, cada formato e volume são selecionados individualmente.”, explica o cirurgião.
Os riscos inerentes às pessoas que porventura se arriscarem a utilizar próteses reaproveitadas, seja por conta de um baixo custo ou mesmo, nesse caso específico da influencer, para usar algo que foi usado por um ídolo, podem ser incalculáveis.”Além do risco de ruptura e risco de rejeição do corpo, não existem estudos científicos e outros riscos a serem alertados já que tal aplicação é simplesmente impraticável na medicina!”, alerta o especialista.
Após a identificação das dores de cabeça a influencer logo expôs que seriam causadas pelo uso das próteses, nesse caso, o mais recomendado seria procurar o médico responsável. “Solicitar exame de ultrassom para identificar a causa e acompanhar pois existem fatores hormonais, pequenos traumas, mastites pós-gestação que podem estar associados, além de seromas que são acúmulos de líquidos ao redor da prótese.”, comenta o especialista Renato J. Freitas.
Além do dano causado ao indivíduo que decidir fazer o sugerido pela influenciadora, pode se dizer que ela como pessoa pública estaria influenciando e induzindo outros ao mesmo erro. “O caso só não irá virar prática comum pois a OMS (organização mundial de saúde) e aqui no Brasil, o Ministério da Saúde representado pela Anvisa não permitem essa prática.”, finaliza o cirurgião plástico.