Robinho se pronunciou pela primeira vez sobre a condenação por estupro coletivo. O ex-jogador foi condenado a nove anos de prisão, na Itália, em 2017. Ele cedeu entrevista ao ‘Domingo Espetacular‘, da Record TV, para comentar o caso.
O crime aconteceu em janeiro de 2013, em Milão, contra uma jovem albanesa. O ex-atacante, no entanto, nega a versão da vítima e da justiça italiana: “Fui condenado injustamente por algo que não ocorreu e tenho todas as provas […] Que aqui não Brasil eu possa ter voz que eu não tive lá fora”.
“Não sou esse monstro. Continuo sendo respeitoso e carinhoso. Sou inocente”, acrescentou Robinho, que colocou a Justiça da Itália em cheque. Ele acredita que sua condenação foi baseada no racismo: “O negro sem voz, sem falar nada. Se o meu caso fosse com um branco, italiano teria sido diferente”.
Robinho culpa racismo da justiça italiana por condenação em três instâncias por estupro.
“Um negro sem voz. Se fosse branco, italiano, seria diferente.”
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DETALHES SOBRE A NOITE
Ainda na entrevista com Carolina Ferraz, o ex-jogador deu detalhes sobre àquela noite. Ele afirma ter mensagens que provariam o interesse da vítima em se aproximar dele, que estava com a esposa no local. Quando a companheira deixou o local, a albanesa fez o primeiro contato.
“Fomos a um lugar que dava para todo mundo ver. Logo após o rápido contato com ela, fui para casa. Nada aconteceu, além disso. O que eu tive com ela aconteceu muito rápido. Eu saí do local e fui embora para casa. Tivemos troca de olhares e beijos”, relembra Robinho.
Em conversa vazada, Robinho deu versão diferente sobre relação
O brasileiro assume ter se envolvido com a moça, mas nega o crime em questão. Para ele, foi uma relação consensual e autorizada por ela: “Ter sido inconsequente não significa que eu seja um criminoso. Jamais cometeria um crime desta magnitude”.
Quarto trecho da entrevista de Robinho para o Domingo Espetacular
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O CASO
Robinho foi acusado de participar de um estupro coletivo, que teria sido cometido na Itália. Segundo as investigações das autoridades locais, o ex-jogador e outros cinco amigos foram responsáveis por embriagar e estuprar uma jovem albanesa, de 23 anos.
A Justiça da Itália condenou o brasileiro em 1ª Instância, em 2017. A primeira condenação foi confirmada pelo Tribunal de Apelação de Milão, três anos depois. Em 2022, a Corte de Cassação da Itália negou os recursos da defesa de Robinho.
O órgão é o equivalente a última instância da justiça italiana e, por isso, o ex-jogador não pode mais recorrer. No Brasil, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) irá julgar, na próxima quarta-feira (20), o pedido para que Robinho cumpra sua pena no país natal.