Cinco dias após passar por uma cirurgia cardíaca de risco, devido a uma miocardiopatia hipertrófica, Rafael Cardoso promoveu uma live no Instagram para explicar seu quadro clínico e detalhar o procedimento. Ao lado do cardiologista Eduardo Saad, o ator revelou que fazia parte do grupo de risco para a morte súbita.
“Eu nunca senti nada, fazia muita atividade física. Jogava futebol três vezes por semana, nadava, fazia crossfit, corria. Também tinha uma rotina de trabalho intensa. Quando peguei o resultado dos exames vi que era uma bomba relógio que poderia explodir a qualquer momento”, começou contando.
Segundo Rafael, outros cinco familiares morreram de morte súbita, entre eles um primo de 5 anos e uma tia de 19 anos. “Minha tia Janete correu para pegar um ônibus e, assim que sentou no banco, morreu”, contou.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico por miocardiopatia hipertrófica, doença que torna os músculos cardíacos mais espessos, veio após a contaminação por Covid-19 em setembro do ano passado. Na época, Rafael realizou uma bateria de exames que apontou uma hipertrofia de 20 milímetros no músculo do coração e cerca de 14% de fibrose – o que o colocava no grupo de risco para a morte súbita.
Entretanto, o ator revelou que demorou quatro meses para buscar o resultado dos exames e agendar a cirurgia. “Fui prepotente e ignorante. Meus filhos podiam crescer sem a presença do pai”, desabafou em menção à Aurora e Valentim, de 5 e 2 anos.
CIRURGIA
Finalmente, na última quinta-feira (3), Rafael realizou o procedimento necessário e aliviou as preocupações quanto à doença. No caso, foi necessária a implantação de uma espécie de marca-passo, chamado CDI (Cardioversor-Desfibrilador Implantável), que dá pequenos choques no coração, revertendo possíveis paradas cardíacas.
Com isso, o ator pode retomar os hábitos antigos e ainda brincou: “É possível ter uma vida normal com esse aparelho, é só não ter que passar em detectores de metais em aeroportos e bancos”.
Assista ao bate-papo completo: