Nicole Bahls ganhou destaque como panicat, uma das mulheres assistentes de palco do extinto programa ‘Pânico na TV’. Na época, a morena era destaque no humor, mas em alguns momentos, os limites ultrapassaram. Ela chegou a sofrer assédio, e até a tentavam diminuir, chamando-a de “voz de traveco”.
As palavras, vistas como forma de ofensa por quem falava, eram recebidas como elogio por Bahls. A influenciadora sempre demonstrou apoio aos fãs LGBTQIA+, e será homenageada no programa ‘Drag Me As a Queen’ (E!).
“Quando falavam que eu tinha ‘voz de traveco’, me sentia bem. Não encaro como ofensa, pelo contrário, me dava segurança para seguir em frente. Ouvir isso é um elogio, me sentia bonita. Se a pessoa queria ofender, sinto muito, não funcionava. Nunca me deixou triste”, disse ela em entrevista ao UOL, nesta quinta-feira (9).
A musa ressaltou que foi criada em meio à diversidade: “Minha mãe sempre foi uma mulher que admirava gays, drags e travestis, e me ensinou que eles são sinônimos e referências de beleza. A Dimmy Kier [drag queen que participou do ‘BBB 10’] é muito próxima da minha família, sempre a acompanhamos. Fazia parte da nossa vida!”.
Apesar de sofrer julgamentos e críticas pesadas por conta de sua postura no programa, Nicole ressalta que foi muito feliz enquanto trabalhava.
“Fui muito mais feliz no Pânico do que triste, mas sim, sofri preconceito. Dançava de biquíni e as pessoas tinham a cultura de julgar muito pela ‘capa’. Estava ali rebolando e muitos olhavam com um tom preconceituoso. Sempre tive a noção de que ser Panicat não seria só alegria, mas era um trabalho como outro qualquer, tinha dificuldades a serem enfrentadas”, concluiu.