Versatilidade é uma das características de Nelson Freitas. Nos seus mais de 30 anos de carreira, ele passou por diversos gêneros da dramaturgia: humor, drama, época, além de cantar e dançar.
E foi exatamente a dança um dos seus mais recentes desafios. Ele participou do ‘Dança dos Famosos’ em 2011 e, recentemente, fez parte do elenco do especial ‘Super Dança dos Famosos’, na Globo. O ator também está gravando o filme ‘Tração’ e já fez de seu canal no YouTube, lançado recentemente, um sucesso. Acompanhe a seguir nosso papo motivador com o ator.
O que levou você a aceitar o convite para participar novamente do ‘Dança dos Famosos’?
Depois que participei em 2011, eu tinha jurado para mim mesmo que nunca mais faria algo desse tipo [risos], mas duas coisas me levaram a aceitar o desafio: sair novamente da minha zona de conforto e ativar o corpo e a mente, já que sou um dos mais maduros desse elenco e acredito que qualquer estímulo na minha idade seja positivo.
O outro motivo foi pelo fato de estar participando de um dos produtos mais bem sucedidos da TV brasileira, e que nos dá a oportunidade de voltar às casas de milhares de pessoas e levar um pouco de alegria a elas.
Você também está gravando o longa ‘Tração’. Conte um pouco sobre esse trabalho.
É um filme de ação e que aborda o universo das competições de motos. Meu personagem é o Fernando Di Mello, um empresário brasileiro rico, bem-sucedido, mas que tem uma personalidade sombria. A direção é do André Luiz Camargo que, além de ator e diretor, é atleta de motociclismo e trouxe sua experiência para contar uma estória eletrizante. Vale a pena assistir, acreditem.
E como está sendo filmar em plena pandemia?
Gravamos alguns dias e voltamos depois para outra bateria de cenas e em cidades diferentes. É complicado porque tem continuidade e temos que ter cuidado. Mas, está dando tudo certo e estamos conseguindo respeitar todos os protocolos de distanciamento e higienização.
O que mudou na vida do Nelson depois que essa crise começou?
Eu tenho dito que estamos sendo testemunhas oculares de uma revolução planetária. No início, uma perplexidade total, sem saber realmente o que iria acontecer, se iríamos suportar, não só toda uma instabilidade econômica, mas também a emocional por causa de confinamento, distanciamento social…
Escolhi ter um olhar mais consciente e profundo sobre nós mesmos. E cheguei à conclusão de que essa é uma oportunidade única de rever muitas coisas. Como aconteceu com vários outros profissionais da área cultural, tive trabalhos que precisaram ser cancelados. Então, parti para o mundo digital. Faço live no Instagram e, finalmente, criei um canal no YouTube.
Fale mais sobre o canal que já é sucesso na internet.
Desde quando criei o canal, tem sido um aprendizado atrás do outro. Cheguei tarde e ainda estou tentando entender a ferramenta. Pensei em como poderia levar para o público que gosta do que eu faço algum tipo de conteúdo com entretenimento.
Comecei cantando alguma música e falando sobre o artista que a compôs ou interpretou, e fui vendo que as pessoas estavam gostando. Em abril, estreamos um quadro que também está sendo bem aceito, que é o ‘Pessoas incríveis e Extraordinárias’, em que converso com famosos e anônimos que passaram por situações limites e conseguiram a força e a resiliência para dar a volta por cima.
Já passaram por lá Felipe Camargo, André Ramiro e Raul Gazolla. Com o quadro, quero motivar pessoas e mostrar exemplos de quem superou grandes dificuldades.
Quais são os seus outros projetos?
Estou finalizando o longa ‘Nina’ e também estou em pré-produção do filme ‘A Parada’, da Globo Filmes. Tenho outro projeto também, o musical ‘A Noite do Meu Bem’, adaptação do último livro de Ruy Castro. É uma idealização e produção minha.
Tem vontade de voltar a fazer novelas?
Sempre. As novelas são parte da alma e cultura do brasileiro, e nós fazemos isso como ninguém. Apesar das transformações pelas quais passam a maneira de consumir conteúdos hoje em dia, acredito que o hábito de assistir novelas ainda vai perdurar por um bom tempo. Adequações vão surgir ao longo do caminho, e isso é bom.