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Famosos / Desabafo

Cleo fala sobre pressão estética da fama: "Já era tarde demais"

Cleo reflete sobre pressão estética na carreira de atriz

Redação Publicado em 19/08/2023, às 19h58

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Cleo reflete sobre pressão estética na carreira de atriz - Instagram/Cleo
Cleo reflete sobre pressão estética na carreira de atriz - Instagram/Cleo

Em tom de desabafo, Cleo usou suas redes sociais, na tarde deste sábado (19), para comentar sobre um assunto delicado: os traumas que adquiriu em sua carreira como atriz. Ela resolveu aproveitar o espaço para refletir sobre o glamour da profissão, dando detalhes sobre a pressão estética que começou a sofrer quando ganhou destaque na atuação. 

No vídeo publicado no Instagram, ela traz sua perspectiva pessoal sobre o assunto. "Eu sei que para o público geral, tudo parece flores. Você está na TV, e as pessoas veem os famosos com olhar de adoração. Então, isso é bom para o ego de uma certa forma, mas a pressão para ser perfeita, manter a aparência certa, jovem, atraente... isso é real, e pode acabar com a nossa saúde mental", iniciou.

TARDE DEMAIS

Em seguida, Cleo contou ter ficado conhecida primeiro no cinema, ao integrar o elenco do filme Benjamin (2003) e, com a visibilidade que ganhou no longa, foi escalada para o elenco da novela América (2005), onde interpretou Lurdinha.

Apesar da gratidão pela personagem, ela acredita que foi interpretando esse papel que começou a ser sexualizada. "Era uma personagem maravilhosa, mas que carregava uma carga sexualizada grande. Então, não tem como não dizer que ela não solidificou a forma com que as pessoas passaram a me enxergar. Até então, eu estava tranquila com isso porque é divertido ser vista desse jeito também, mas não só desse jeito. Quando eu percebi o que isso significava para a minha imagem e para mim, já era tarde demais", disse.

Outro fator apontado pela atriz é em relação a idade: "Eu percebi que depois dos 35, 37, os diretores e as produções já não sabiam mais o que fazer comigo. O mercado do audiovisual funciona muito como um mercado normal, onde as produções são os produtos dispostos nas prateleiras, e é como se eles não soubessem mais em que prateleira me colocar depois dos meus 35 anos", afirmou.

A situação a fez buscar outras alternativas. "Se eu realmente quisesse continuar atuando em papéis que me desafiassem e fossem relevantes para mim, eu teria que correr atrás de outras formas. E foi o que eu fiz. Passei a fazer disso um objetivo, produzir audiovisual pensando em gerar oportunidade para mim, óbvio, claro, mas também para outras mulheres que estão sendo postas de lado nas prateleiras tão cedo", concluiu.