Atriz fala sobre chegada da menopausa e do orgulho de não conseguir lidar com tudo de uma vez
Publicado em 08/03/2024, às 13h45
Atriz, apresentadora, humorista, autora, mãe, filha, amiga e esposa. Essas são apenas algumas das facetas de Ingrid Guimarães. Aos 50 anos, a artista entendeu que a alta produtividade poderia ser um problema para sua vida e, por isso, decidiu que não é mais o momento de "equilibrar os pratos".
AnaMaria esteve em um evento da Downy, na última quarta-feira (6), em São Paulo (SP), e ouviu a atriz confessar que é viciada em trabalho, mas que precisou mudar os rumos depois de ver a saúde abalada.
"Eu tinha um tesão em cumprir lista de tarefas, sabe? Aí tive burnout e ansiedade porque não conseguia fazer tudo. E por mais que tenha sido mãe um pouco mais tarde, ainda foi muito difícil conciliar a maternidade com meu trabalho, com as coisas de casa", admitiu.
Por isso, atualmente ela prefere encarar o dia a dia com mais traquilidade. "Hoje em dia, a minha filosofia de vida é: quero deixar o prato quebrar. A minha geração tem essa questão de querer equilibrar os pratos, dar conta de tudo. Eu não quero mais isso", afirmou.
Para a artista, existe um comportamento da geração 50+ de que mulheres foram ensinadas que é "legal" dar conta de tudo. "Só que deu ruim. Essa coisa de fazer tudo ao mesmo tempo, não faz nada bem. A gente não consegue", disse.
No entanto, o processo para ser mais despreocupada não foi fácil e exigiu algo que Ingrid encara como prioridade no momento: a terapia. "Até chegar nesse movimento de que tá tudo bem deixar passar algumas coisas, eu precisei de muita terapia. Teve uma hora que eu falei: vou fazer 50 anos, tenho quanto tempo de vida pra ser feliz? Não quero ficar nessa paranoia", disse.
Ingrid afirmou que sua vida ficou melhor depois que começou a fazer terapia. Para a atriz, a análise tornou-se uma necessidade básica, a ponto de não conseguir ficar sem suas sessões. Isso porque começou a ter sensações corporais que prejudicaram seu bem-estar, assim como a menopausa.
"Eu minto quando me chamam para algum compromisso, falo que vou no médico ou outra coisa porque se falo que vou na terapia, as pessoas acham que não é importante. Para mim é prioridade", brincou.
A menopausa, inclusive, também foi um ponto de dificuldade na vida de Ingrid. O primeiro conselho que recebeu de sua médica? Cuidar melhor do sono. A própria atriz reconhece que suas noites ficaram prejudicadas diante da rotina de alta produtividade.
"Eu dormia três horas, depois virou seis horas, aí o sono ficou picado, veio filha. Mas hoje é de lei: a cama é meu lugar de prazer, eu invisto nisso, no ritual de tomar banho, deitar e dormir direito. As oito horas fazem a diferença pra tudo", contou.
Já a inspiração para lidar com o novo momento da vida vem de uma rede de apoio composta por "mulheres inspiradoras", com quem pode dividir os mais diversos assuntos.
"Minha família e minhas amigas me inspiram. Temos grupos em que falamos de menopausa, filhos e até pensamentos do dia. Sinto que mulheres estão num momento de autoconhecimento e isso me inspira", afirmou.
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