Adriane Galisteu representa a mulher moderna: independente, bem resolvida e determinada. Cheia de energia, além das tarefas profissionais, a apresentadora ainda consegue equilibrar saúde, maternidade e casamento, tudo sem perder a beleza, a boa forma e o humor. “Às vezes, me perguntam se sou mesmo assim, animada e acelerada o tempo todo, e eu rapidamente respondo: ‘sou!’ Sim, me permito chorar, ficar triste, sair do sério, me deprimir, mas aprendi que tudo tem dia e hora para acabar. Nada de ruim é eterno. Então, minha gente, eu só tenho a agradecer a Deus pela minha vida, meu filho, minha família, meus amigos, fãs, equipe e, principalmente, meu patrão, que é o público”, fala, orgulhosa. Toda essa disposição, força de vontade e talento são responsáveis por uma carreira marcada por desafios e sucesso.
A também atriz e ex-modelo já brilhou até como cantora. Aos 11 anos, estreou no grupo infantil Chispitas, formado para gravar a trilha sonora da telenovela homônima. De 1987 a 1989, integrou o grupo Meia Soquete. Em 1995, lançou o livro Caminho das Borboletas, narrando o período de seu relacionamento com Ayrton Senna. A partir daí, a carreira foi meteórica. Foi apresentadora na CNT no programa Ponto G; no Superpop, na RedeTV!, e Charme, no SBT. Fez parte do elenco das novelas Xica da Silva, na extinta Rede Manchete, e O Tempo Não Para, na Globo. Ainda atuou no teatro com as peças Deus lhe Pague, Nunca Se Sábado, O Rim e Às Favas com os Escrúpulos, e, no cinema, com os filmes Coisa de Mulher e Se Eu Fosse Você.
Tem mais! Comandou o game show Quiz MTV, na MTV Brasil, e participou do Dança dos Famosos, no Domingão do Faustão. Atualmente, já ganhou destaque com sua irreverência e capacidade de se reinventar à frente do reality Power Couple Brasil, na RecordTV. Casada com Alexandre Iodice e mãe de Vittorio, ela é uma mulher inspirada e inspiradora!
Como é retornar à RecordTV depois de 18 anos?
Fiquei muito feliz com a oportunidade! Sem falar que estou tocando um projeto que eu amo, pois sempre curti demais realities, desde quando eles não estavam na moda.
O fato de a última edição do reality Power Couple ter sido apresentada por Gugu torna a sua responsabilidade ainda maior?
Ele é um artista insubstituível. Não penso nessa possibilidade, penso em encontrar meu caminho para apresentar o programa que ele fazia com maestria. Também acredito que, seja lá onde for, ele torce por mim. Éramos amigos e ele sempre foi muito generoso comigo. Acho impossível substituir o Gugu, mas acho possível encontrar meu caminho. E vou encontrar!
O público sabia o que esperar de Adriane Galisteu à frente do programa?
Mesmo estando fora do comando de um programa havia seis anos, continuei me
comunicando e as pessoas continuaram me ouvindo de várias outras maneiras. Tenho meu canal no YouTube, redes sociais, podcast, fiz programa de rádio… Então, de alguma forma, o público sabe bem o que esperar de mim.
Aos 48 anos, você esbanja beleza e jovialidade. Como você lida com o amadurecimento?
Não sei se eu esbanjo tanta beleza e jovialidade assim, mas eu tento [risos]. Sou uma mulher que gosta da vida, durmo bem, malho… Acho que, quando a gente gosta da vida, as coisas ficam um pouco mais fáceis. A gente acaba olhando para lado bom. Eu sou essa mulher que tem pacto com as coisas boas. Sim, eu me permito chorar, ficar triste, como todo mundo, mas, reforço, tem dia e hora para virar a página.
Adriane Galisteu apresentadora versus Adriane Galisteu mãe e esposa. Quais as diferenças e semelhanças entre elas?
Sou apresentadora, mãe, esposa e filha.Adoro ser filha, adoro ter minha mãe [dona Emma] perto de mim, tê-la como minha referência. Meu filho, Vittorio, me ensina mais do que eu ensino para ele, e o Alê, meu marido, é meu parceiro de vida, o homem que está ao meu lado sempre, que me ajuda a crescer, que sabe me aplaudir. Ele é súper meu parceiro, além de ser meu amor. Eu posso ser mil ‘Adrianes’, mas tenho uma essência, a essência da mulher que é grata, ama o que faz e ama a vida. Sendo mãe, filha ou profissional, eu procuro sempre ter o meu jeito, minha personalidade que, cá entre nós, não é das mais fáceis [risos].
Você já declarou: “Cada tombo que tomei me transformou na pessoa que sou hoje”. Qual seu maior tombo e a lição que tirou dele?
Ah, foram tantos tombos… Não dá para escolher um! E, graças a Deus, são muitos mesmo, porque são com eles que a gente aprende. Se tivéssemos uma vida feita apenas de momentos incríveis, nadando a favor da maré, seria difícil ter aprendizado. A vida é realmente bela, mas a gente sabe que, em meio a tudo de bom, também existem dificuldades, puxadas de tapetes… Com os momentos difíceis, tenho a certeza de que escolhi o certo para trabalhar.
No meio artístico desde novinha, teve alguma negativa que doeu mais?
Os nãos fazem parte. Aliás, minha vida tem muito mais nãos, acontece que eu aproveito todos os sins. Saio de casa pensando: eu já tenho o não, então, vou buscar o sim. O não, graças a Deus, faz parte da minha vida, assim como faz parte da sua. A gente tem que saber administrar a negativa. O que eu preciso é aprender a falar mais não. Já melhorei muito, porque, com a maturidade, a gente acaba lidando melhor com isso e aprende a administrar as prioridades, mas ainda falta um pouco.
Você parece ser uma pessoa que curte a própria companhia. Chega a ficar entediada com você mesma?
Não! Gosto muito de mim, da minha companhia, me trato bem. De vez em quando, brigo comigo, me maltrato um pouquinho, mas passa rápido. Sou uma mulher que gosta de se cuidar, de se fazer carinho, e isso faz toda a diferença! Não dá para ficar enjoada com a gente, não dá para não ser boa companhia para mim mesma. Do contrário, a situação com a sociedade e a vida em geral ficam difíceis. Se você não é boa companhia para você, provavelmente, não é para os outros. Então, a convivência vai ser mais difícil. Como eu já acho que se relacionar é a arte mais difícil do ser humano, a gente tem que tentar deixar isso um pouco mais fácil. E o primeiro passo é gostar da gente.
Tem saudade de sua participação no Dança dos Famosos?
Sim, foi um momento mágico. Primeiro, porque eu descobri que eu podia dançar tango. Nunca passou pela minha cabeça que eu pudesse sapatear, que eu ia ficar tão nervosa na frente das câmeras, que eu não iria conseguir raciocinar direito. Tinha dias que eu entrava tão apavorada no palco, que nem conseguia ouvir o que o Fausto falava. E eu sou muito grata a ele, muito grata ao carinho, tanto que eu dei um abraço nele tão gostoso, tão gostoso, tão gostoso, que você viu o que aconteceu no dia, né [o apresentador caiu]? Ficou para a história o meu abração no Faustão, tamanha foi a emoção de eu ter gabaritado na prova. O Marcão, meu professor, é um cara que me faz falta. Nossa, foi uma época deliciosa, apesar de muito nervosismo. Foi também um tempo de muito prazer, diversão e aprendizado. Queria ter mantido a dança na minha vida, mas, saindo de lá, fica tão difícil… O Dança despertou em mim uma coisa muito curiosa: perceber que a gente pode realmente bem mais do que imagina. Somos capazes de tudo. É incrível isso!
Um desejo…
O meu desejo deve ser o mesmo que o seu e o da maioria dos seres humanos neste momento: voltar a ter uma vida normal, poder estar mais próxima das pessoas que amamos, abraçar, beijar. Desejo muita saúde, paz e amor. É isso!