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Xiii, namoro-problema à vista! Saiba o que fazer

Seu filho está em um relacionamento abusivo? Entenda quando é hora de agir e aprenda a fazer isso sem parecer intrometida

Cíntia Marcucci Publicado em 17/12/2015, às 10h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44

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Os relacionamentos amorosos na adolescência costumam ser muito intensos. O sentimento é de que o parceiro é a pessoa mais importante do mundo e de que não haverá vida caso aquele namoro acabe. 
Exatamente por esse exagero e pela falta de maturidade emocional é que algumas relações entre jovens são tão complicadas. Fora as briguinhas do dia a dia, alguns casais passam da conta e se tornam possessivos e violentos. 
Os pais assistem de fora sem saber muito bem como ajudar os filhos a sair dessa relação tóxica sem parecerem intrometidos. A gente foi atrás de algumas dicas. Confira: 

Além do limite

Pesquisa do Instituto Avon e do Data Popular mostrou que os namoros entre jovens andam bem conturbados, ainda que eles não estejam cientes disso. Quando perguntados se já tinham praticado ou sofrido algum tipo de violência no relacionamento, só 8% disseram que sim. A coisa mudava de figura quando os entrevistadores davam exemplos de comportamentos agressivos, como gritos, xingamentos ou empurrões, por exemplo. Aí, 66% das jovens assumiram ter passado por isso e 55% dos meninos disseram já tê-los praticado. A pesquisa foi feita no ano passado com 2.046 jovens brasileiros entre 16 a 24 anos.

Tá dominado! 

Os relacionamentos abusivos ocorrem quando uma das partes sofre, não só com violência física ou com xingamentos, mas com a tentativa do outro de dominação. Exemplo: quando ele proíbe a menina de sair sozinha ou se a moça não deixa o rapaz conversar com amigos. Veja quando é hora de agir e como fazer isso de um jeito bacana:

Mudança de comportamento: Seu filho ou filha chegava em casa de bom humor, conversava, contava tudo. De repente, ficou introspectivo (a) e é arisco (a) para responder tudo o que vocês perguntam. Essa mudança pode ter a ver com o namoro. Quando a relação não está lá muito saudável, acaba afetando a paciência, o humor e a autoestima. 

As redes sociais dizem muito: Se notar pelas redes sociais comentários de amigos ou do namorado (a) que pareçam estranhos, converse. Mas cuidado pra não invadir a privacidade, tentando entrar no perfil ou em conversas privadas. Isso é da intimidade deles! O que você pode (e deve!) é se colocar sempre à disposição para falar (e ouvir).

Sinais físicos: Caso perceba que sua filha ou filho está chegando em casa machucado (a), com arranhões ou outros sinais do tipo, não perca tempo: pergunte, com jeito, o que causou tudo aquilo. Ao notar que pode estar sendo agredido (a) pelo parceiro (a), diga que isso é inadmissível, ofereça ajuda e exija que mudem de comportamento.

Vá com calma

Para evitar a rebeldia normal da idade, fale em pé de igualdade. Ou seja, ao chegar para conversar, não use termos como “eu sou sua mãe”, “eu sou mais velha”, “eu sei o que estou dizendo” ou “isso não é bom pra você”. Também evite falar mal da outra pessoa. Prefira perguntar como estão as coisas, se ele ou ela está feliz, como são os momentos a sós deles, o que mais gosta e menos gosta no relacionamento... Esses cuidados ajudam a evitar que sua preocupação seja interpretada como uma tentativa de invadir a privacidade do casal ou, pior, de acabar com o namoro deles. 

Será mesmo?

O namoro do seu filho é abusivo mesmo ou você está procurando pelo em ovo? Vale a pena fazer essa análise e até consultar 
outras pessoas antes de tirar conclusões precipitadas. 

E a sua relação?

É muito importante entender também que o adolescente vai reproduzir em seus relacionamentos o que ele aprender e ver acontecendo dentro de casa. Por isso, além de prestar atenção no namoro dos filhos, é bom que os pais cuidem do jeito como se relacionam entre si. Como trato e sou tratada por meu companheiro? Será que não temos crises de ciúme, não somos
agredidos ou agredimos física ou verbalmente? Que tal responder a essas perguntas antes de dar o próximo passo?




Fonte: Pâmela Magalhães, psicóloga