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Guia de sobrevivência pra aproveitar o verão

O período de férias é uma delícia, mas exige atenção redobrada com os pequenos

Ana Bardella Publicado em 15/01/2016, às 10h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44

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anamaria - Shutterstock
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Passou protetor? Pegou o boné? Bebeu toda a água? Prepare-se para fazer essas perguntas várias e várias vezes nos próximos dias. É que as férias estão aí e, para que tudo corra bem e a temporada seja só de diversão, há que se tomar alguns cuidados, principalmente com as crianças. Veja as dicas de Tiago Caldi, pediatra da Clínica de Especialidades Integrada, em São Paulo, e aproveite a estação mais quente do ano sem perrengue! 

Proteja os pequenos do sol

Os dias quentes andam cada vez mais quentes. Estudos comprovam que a intensidade dos raios solares está aumentando no nosso planeta. Toda essa radiação se armazena no nosso corpo – a maior parte dela começa a ser acumulada quando ainda somos crianças. Quanto mais sol, maiores as chances de no futuro desenvolver problemas de pele, incluindo câncer. O de pele é o mais comum no Brasil e corresponde a 25% de todos os tumores malígnos. Imprescindível proteger a criançada:

✔ A partir dos 6 meses, o pequeno já pode utilizar protetor solar infantil – o fator de proteção deve ser de, no mínimo, 50. Antes 
disso, o uso não é recomendado, pois pode irritar a pele do bebê. A solução até lá é expor a criança o mínimo possível ao sol e usar sempre bonés e camiseta com manga. 

✔ Para não correr riscos, principalmente se ele suou bastante ou entrou na água, repasse o produto a cada duas horas. 

✔ Aplique o protetor entre os dedos, atrás da orelha e na planta do pé. Nos lábios, há que passar um específico para a região. 

✔ Evite os horários em que o sol está mais forte – das 10h às 16h.  

✔ Coloque chapéu neles. O tamanho ideal para o pequeno é aquele que protege as orelhas e faz sombra até a ponta do nariz. 

✔ Se estiverem na praia, fiquem no guarda-sol.

Xô, mosquito!

O país todo está assustado com as notícias sobre os casos de zika vírus e suas complicações. Para piorar, chegou o verão, época em que o mosquito Aedes Aegypti – responsável também pela dengue e pela chikungunya – se reproduz com mais facilidade. Os casos de doenças transmitidas por ele aumentam mesmo, todo cuidado é pouco! 
Em primeiro lugar, faça um mutirão em casa para acabar com qualquer ponto de água parada. Além disso, passe repelente infantil nas crianças acima de 6 meses, inclusive sobre a roupa. Afinal, dependendo do tecido, o danado do mosquito consegue picar por cima dela. Ah, e mesmo que o Aedes não apareça por lá, vale caprichar no repelente para evitar os borrachudos!  

Sempre hidratados

Mãe que é mãe passa o dia oferecendo água às crianças. Afinal, elas se distraem com facilidade, se esquecendo até de dizer que estão com sede. Dar água, sucos naturais, água de coco, chás e até frutas com bastante líquido (melancia e melão, por exemplo) é uma medida essencial para a saúde dos pequenos no verão. Só tenha cuidado com a procedência dessas bebidas. Dependendo do lugar, os sucos ou até mesmo o gelo podem ser feitos com água de má qualidade – esse é um dos motivos de as viroses e doenças gastrointestinais aumentarem tanto nesta época do ano. Sempre que der, prepare tudo em casa. E fique atenta aos sinais clássicos de desidratação: lábios e língua secos, falta de elasticidade da pele e diminuição da urina.

Muito cuidado com os acidentes

Um minuto de descuido com o pequeno próximo à agua pode ser fatal. Mesmo que seu filho já seja maiorzinho, a companhia de um adulto responsável é fundamental para evitar afogamento. Também vale a pena fazer com que eles se acostumem a usar bóias quando forem à praia ou à piscina. E não pense duas vezes em pedir para o baixinho pegue leve nos mergulhos: dependendo da forma como são feitos, eles podem causar lesões e até fraturas mais graves. Subir em uma pedra e pular no mar também deve ficar 
fora de cogitação: nunca se sabe a real profundidade do local. Além disso, há sempre o risco de bater em uma pedra 
ou num objeto escondido debaixo do mar.  Não dá para bobear, né?

Meu ouvido!

Tanta praia e piscina são quase garantia de água no ouvido da criançada. Muita gente diz por aí que, quando isso acontece, o certo é pingar algumas gotinhas de álcool lá dentro para evitar dor. Mas a recomendação do médico é outra: se o seu filho for saudável, basta secar a orelha dele com uma toalha mesmo. Se por um acaso ele começar a reclamar de dor, leve-o ao médico diretamente. Nada de dar remédio por conta própria ou apelar para receitinhas caseiras. No caso do álcool, por exemplo, o comum – aquele que costumamos ter em casa, é composto também por água, o que pode até piorar a situação. O álcool que pode ajudar nessas horas é chamado de anidro, vendido apenas em farmácias de manipulação, e mediante apresentação de receita médica.