Dados de 2021 do Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty, mostraram que quase 1,5 milhão de brasileiros estão vivendo nos Estados Unidos. Com isso, muitas mulheres têm seus filhos no país. Mas como é ser mãe em terras norte-americanas? A influenciadora Esther Melo revelou seu pré-natal diferente.
Em entrevista ao ‘PodDelas’, Esther Melo deu detalhes da gravidez do primeiro filho, Noah, de 9 meses, fruto do relacionamento com o também influenciador Matheus. Eles vivem em Boston, nos Estados Unidos, há 5 anos, e ela decidiu dar à luz ao filho lá.
No entanto, o que ela não esperava era um procedimento pré-natal tão diferente do brasileiro, a começar pelo fato de haver pouquíssimos ultrassons durante a gestação. “Lá eles fazem dois ultrassons a gravidez toda, só para ver se o bebê está de cabeça pra baixo”, revelou ela. A única exceção é no caso de gravidez de risco.
Esther contou ainda ter passado por uma dificuldade em relação a isso: “Eu passei os três primeiros meses da gestação do Noah no Brasil e deu no ultrassom morfológico que ele tinha um cisto no cérebro, uma ‘água’ que dava e desaparecia. Não era maligno, mas tinha que desaparecer. Quando eu cheguei lá [nos Estados Unidos] eu falei com eles: ‘Olha, o bebê está com isso e eu quero saber se sumiu’. E eles [responderam]: ‘Ah não, está tudo bem. Ainda não está na época de fazer ultrassom e, se você fizer agora, o plano médico não vai cobrir’. Então para eles não é muita coisa que preocupa”.
Os exames de rotina dos estadunidenses consistem em medir a barriga por fora. Se a gestante tem 37 semanas de gravidez, é preciso que a medida entre o centro do peito e a virilha seja de 37 cm. A influenciadora conta que não soube nem a estimativa de peso e muito menos o tamanho de Noah durante a gestação.
Além disso, o próprio ultrassom é feito de forma diferente: “Aqui [no Brasil] você faz o ultrassom com o médico e ele te fala o que está acontecendo na hora. Lá não, a enfermeira faz o ultrassom, você vai embora sem saber nada, o exame vai para o médico e ele te manda o resultado pelo aplicativo, aí você lê”.
Por conta disso, ela planeja ter o próximo filho em solo brasileiro. Esther diz não ter sentido a mesma conexão com os médicos como aqui – inclusive, às vezes sequer era atendida pelo próprio obstetra. “Pode ter dia que o médico não vai estar no hospital para te atender e você vai ter que fazer com outro”
CESÁREA OU PARTO NORMAL?
Além disso, o comum nos Estados Unidos é ter o filho através do parto normal, sendo que as cesáreas só ocorrem em caso de emergência ou quando a gestante já teve outro parto por cesariana, podendo escolher. Já no Brasil, dados da Fiocruz mostram que 55% dos partos realizados são cesáreas, número que aumenta para 86% no setor privado. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a taxa supera muito o ideal de cesarianas em um país, que deve ser entre 10% a 15% dos partos.
No entanto, este não foi um problema para Esther Melo, que sempre sonhou em dar à luz por meio de parto normal. Acontece que a influenciadora teve complicações na hora, e acabou tendo que fazer uma cesariana de emergência para tirar o filho da barriga.
“Eu me preparei para ter o parto normal. Quando estava em casa, minha bolsa estourou e fiquei duas horas lá, na água quente. Queria chegar no hospital só nos finalmente para não tomar nem analgésico, nem hormônio. Entrei no hospital com 8 cm de dilatação e cheguei aos 10, vi o cabelinho do Noah, mas ele desceu com a cabecinha torta”, relatou.
A influenciadora contou ter tido muitas contrações e, depois de 7 horas, mesmo sem querer tomar anestesia, teve que ceder por recomendações médicas. Apesar das tentativas da profissional em fazer manobras para que Noah descesse da maneira correta, ele seguiu com a cabeça torta, e Esther teve que partir para a cesariana, pois os batimentos cardíacos e a respiração de seu filho estavam diminuindo.