AnaMaria
Busca
Facebook AnaMariaTwitter AnaMariaInstagram AnaMariaYoutube AnaMariaTiktok AnaMariaSpotify AnaMaria

"Ai, minha filha merecia coisa melhor"

Aprenda a identificar quando a antipatia pelo genro (ou nora) faz sentido e quando é pura implicância sua

Luciana Bugni Publicado em 21/04/2016, às 14h00 - Atualizado em 07/08/2019, às 17h44

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
"Ai, minha filha merecia coisa melhor" - João Cotta/Globo
"Ai, minha filha merecia coisa melhor" - João Cotta/Globo
O nome Cunegundes não é a única coisa complicada da personagem de Elizabeth Savalla em Êta Mundo Bom! Conhecida como “boca de fogo”, a encrenqueira fazendeira também tem uma personalidade daquelas! Sente-se no direito até de decidir quem é o pretendente ideal para casar com as filhas Filomena (Débora Nascimento) e Mafalda (Camila Queiroz). Um desastre!
Na novela, as histórias são extremas, motivadas pela ganância. Mas esse negócio de escolher namorado para a filha está longe de ser novidade, né? Se não cuidarmos, acaba acontecendo hoje, dentro de nossas casas. Não pode, pois nossa escolha já foi feita e agora é a vez de os filhos optarem por seus parceiros românticos. A psicóloga e pesquisadora da PUC Cátia Rodrigues, de São Paulo, dá as dicas para evitarmos tão desgastante erro!

■ Por quê? Avalie bem se não está se importando com velhos preconceitos. E daí que a pessoa é de outra etnia, classe social ou religião que você gostaria? Não é a sua vez de escolher. Você já tem seu marido. Agora é a vez de a sua filha (ou filho) optar 
e lhe cabe confiar na educação que deu a ela (ou ele).


■ Ao interferir nas escolhas amorosas do filho, você acha que o está protegendo? É fundamental saber que os filhos precisam fazer as próprias vivências. Tentar controlar isso não os impede – pelo contrário, só incentiva! Sua filha está apaixonada por alguém sem valor? Não há nada a fazer, além de conversar com muito jeito. Ser ríspida só vai afastar quem você tanto ama.


■ Acha que a filha não levou suficientemente em conta a condição financeira do par? Cuidado ao projetar no dinheiro a felicidade! “Ter dinheiro pode significar sofrimento também! É uma ilusão achar que possuir bens materiais é santo remédio para todos os males da vida. Uma pessoa abonada pode, por exemplo, ficar presa no consumo e ser até mais infeliz”, diz Cátia. De que adianta ficar rico e viver um relacionamento infeliz?


■ O jeito mais produtivo de se fazer presente é por meio de conversas, nunca imposições.  Opor-se só ajudará o romance a acontecer às escondidas. Exponha suas dúvidas sobre a relação com perguntas que levem à ponderação – nunca com afirmações acusadoras. É preciso inspirar a pessoa a refletir, não a resistir.


Será que não é ciúme?

Importantíssimo analisar. Ciúme é um sentimento negativo, que fará seu filho sofrer por estar no meio de uma disputa. “O jovem quer se casar ou namorar com quem ama, mas também ama o pai e a mãe. Injusto fazê-lo escolher entre os amores, que são diferentes. A vida sentimental dele não pode ser empatada por isso!”, diz Cátia.


Ele tem algumas das características abaixo?

■ Problemas de caráter
■ Envolvimento com crimes, corrupção, mentiras
■ Drogas, vícios
■ Está usando o par para subir socialmente ou financeiramente
■ Só está na relação por sexo
■ Só atende aos próprios desejos

Nesses casos, é preciso ter uma conversa bacana: diga que está faltando amor- próprio e tente mostrar de uma maneira sensível o quanto a relação poderia ser mais plena e satisfatória para seu filho.


Essa Cunegundes é fogo...

De tanto coibir o relacionamento da filha Filomena com Candinho (Sergio Guizé), a quem a garota amava de verdade, acaba fazendo com que a mais velha coma o pão que o diabo amassou na capital, nas garras de um noivo (Ernesto/Eriberto Leão) que de bom moço não tem nada. Mafalda se sente com um pouco mais de sorte: apesar de a mãe tentar jogá-la para velhos ricos, achou Romeu (Klebber Toledo). Mal sabe que o potencial comprador da fazenda é um vigarista!