Confira as dicas de profissionais da área para lidar com o problema
O tempo que seu filho passa na frente das telas tem gerado preocupação e irritação dentro de casa? Confira as dicas de profissionais da área para lidar com o problema.
Tente passar mais tempo com seu filho
“Estar presente na vida das crianças é o princípio de tudo. Excesso de trabalho não deve ser motivo para dar pouca atenção a elas: é preciso que os pais estejam atentos às suas atividades e acompanhem todo o processo de desenvolvimento”, relembra Andréa Xavier, psicóloga clínica orientadora vocacional.
Isso não quer dizer passar o tempo todo grudado nele, mas realmente se interessar pela sua companhia e seus assuntos quando estiverem juntos.
Fale sobre tecnologia
“Os mesmos conselhos que os pais dão aos filhos sobre os perigos de sair na rua, não darem abertura para estranhos e ficarem atentos às abordagens de qualquer pessoa devem ser aplicados quando o assunto é tecnologia”, opina a profissional.
Explicar o porquê da preocupação é uma excelente estratégia para fazer com que as crianças deem mais ouvidos ao que está sendo conversado naquele momento.
Analise o comportamento dos pequenos
“Reações negativas, tais como ansiedade, impaciência, nervosismo e agressividade são sinais de que algo pode estar incomodando no ambiente virtual”, alerta.
Busque ser compreensiva e entender as motivações por trás das ações da criança. Além disso, vale a pena programar uma atividade em família, como uma ida ao cinema, ou sugerir uma brincadeira ao ar livre. Matriculá-la em um esporte também traz benefícios.
Castigar não é uma boa estratégia
Na visão de Andréia, nenhuma forma dura de repreensão é bem-vinda. b“Quando uma criança ou adolescente é punida, isso gera nela um sentimento ruim. Com o tempo, pode resultar em rebeldia”, sinaliza.
Procure sempre fazer combinados e, caso eles sejam desrespeitados, demonstre sua insatisfação e explique as consequências da desobediência.
Investigue o que há de tão interessante por trás das telas
Mesmo entre os adultos, é comum que pessoas inseguras se camuflem por meio das tecnologias. Isso porque elas têm dificuldade em se relacionar com os demais nos espaços físicos e se sentem mais seguras no mundo digital.
“Se timidez ou insegurança estiverem por trás do interesse da criança pelas tecnologias, os pais podem tomar medidas para auxiliar”, garante. Incentivar que ela participe de atividades em grupos e até procurar a ajuda de um terapeuta especializado são possíveis medidas.
Dialogue sobre o bullying
Crianças e adolescentes ficam expostos na internet e uma das consequências disso é o bullying virtual ou o vazamento de fotos ou vídeos íntimos, cada vez mais comuns entre a garotada.
Relembre seu filho de que seus atos sempre trazem consequências e que ele tem nas mãos o poder de decisão. “Também é preciso deixar claro: eles podem confiar nos adultos para contar sobre o que estão vivendo sem medo de sofrer represálias”, diz.
Seja equilibrada
Antes de responder sim ou não para uma solicitação da criança, reflita sobre a questão. “É melhor levar um tempo para dar a resposta e não voltar atrás do que se arrepender e demonstrar insegurança”, garante.
A dica é nunca prometer algo que não poderá cumprir e usar argumentos sólidos para explicar a elas quais são os limites impostos.
MEU FILHO ESTÁ VICIADO EM INTERNET?
Para a neuropsicóloga Thaís Quaranta, vale investigar se seu filho fica muito preocupado com o sinal do wi-fi ou tem ataques de ansiedade quando não pode usar o celular. Para evitar o vício, ela indica.
PROIBIR O USO NÃO FUNCIONA
Então, defina o tempo que ele poderá ficar no videogame e na internet. Use apps para bloquear conteúdos inapropriados para menores de idade.
DÊ O EXEMPLO
Desligue a TV e mantenha os olhos longe das telas quando estiver com a garotada. Eles imitam os mais velhos.
GUARDE OS APARELHOS EM LOCAIS ESTRATÉGICOS
Não permita que tenham acesso ao computador ou à TV no quarto. O uso dos celulares deve ser controlado.