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Maltrataram o consumidor e se deram mal: caso 'Debmental' do Burguer King e outros 3

Funcionária do Burger King foi demitida após chamar cliente de 'Debmental'; relembre outros casos de consumidores maltratados

Guilherme Giagio
por Guilherme Giagio

Publicado em 30/10/2024, às 14h40

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O caso aconteceu em Itaquera, na Zona Leste de São Paulo. - Foto: Reprodução
O caso aconteceu em Itaquera, na Zona Leste de São Paulo. - Foto: Reprodução

Uma funcionária do Burger King foi demitida após identificar um cliente como 'debmental'. O caso aconteceu após uma compra no drive-thru da unidade da Avenida Jacu-Pêssego, em Itaquera, na Zona Leste de São Paulo, no último sábado (26).

No registro viralizado nas redes sociais, é possível observar que a expressão capacitista ocupou o espaço em que normalmente fica o nome do consumidor na nota fiscal. O termo seria referência à palavra 'débil mental', utilizada ofensivamente em comparação com pessoas com deficiências cognitivas.

Maltrataram o consumidor e se deram mal: caso 'Debmental' do Burguer King e outros 3. Relembre
O Burguer King afirmou ter desligado a funcionária logo após o caso.Foto: Reprodução

Ao Terra, a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo afirmou que Polícia Civil de São Paulo não localizou o registro da ocorrência. Em nota, o Burger King afirmou estar comprometido com ambientes inclusivos e reforçou seu treinamento para evitar que casos assim se repitam. Veja:

“Em relação ao incidente ocorrido em uma de nossas lojas no último sábado, 26/10, a empresa informa que, após investigação interna, a colaboradora envolvida foi imediatamente desligada, em conformidade com nosso Código de Conduta. Não toleramos esse tipo de comportamento e estamos comprometidos em manter ambientes acolhedores e seguros para nossos funcionários e clientes. Reforçaremos nossos treinamentos internos para garantir que situações como essa não se repitam.”

Caso 'Debmental' do Burguer King': não foi o primeiro

Embora a rede de fast food norte-americana tenha tomado providências legais contra a antiga colaboradora, casos como o 'Debmental' do Burguer King' são cada vez mais comuns. Clientes agredidos, ofendidos ou com serviços suspensos são alguns dos exemplos.

A seguir, AnaMaria destaca outros três casos em que grandes marcas se viram em maus lençóis ao desrespeitarem seus clientes e precisaram lidar com o impacto público. Veja abaixo:

  • Desligar telefone na cara? Caso Vivo:

Em 2021, a Vivo foi condenada a indenizar um cliente em R$ 5 mil por danos morais. Segundo a 34ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, um homem foi tratado com desprezo por uma atendente da empresa, que desligou o telefone com o cliente ainda na linha. 

O desembargador Luiz Guilherme da Costa Wagner Junior, relator do processo, defendeu que ninguém deva ser tratado com falta de respeito: "Se um cliente que busca a empresa solicitando a segunda via de fatura para efetuar o pagamento é tratado dessa forma, qual o tratamento dispendido aos que estão inadimplentes e buscam tentar negociar o débito? O bom atendimento é reservado apenas para angariar novos clientes?", questionou o magistrado. Acesse o processo.

  • Mandíbula quebrada na Ragazzo

A Ragazzo, rede brasileira de fast food que pertence ao mesmo grupo do Habib's, foi condenada a pagar R$ 10 mil em um cliente agredido em uma de suas lojas. Segundo o processo, o caso começou quando o cliente notou que havia esquecido o dinheiro na hora de pagar a conta e precisou ir em casa para buscar, enquanto um amigo o aguardava no restaurante.

Ao voltar, “foi abordado por um funcionário que passou a agredi-lo, inclusive com chutes”, disse uma testemunha. O homem teve a mandíbula quebrada após as agressões. Apesar da apelação, a 33ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a condenação.

  • Apagão em São Paulo: Enel condenada

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) condenou a Enel Distribuição São Paulo a indenizar uma usuária em R$ 10 mil por danos morais. A cliente dos serviços ficou quatro dias sem luz durante o apagão após as chuvas que atingiram a capital paulista.

A Enel argumentou que a suspensão de energia teria sido provocada por fenômenos naturais, mas não convenceu os magistrados. A desembargadora Ana Lucia Romanhole Martucci, relatora do recurso da empresa, rejeitou o pedido da exclusão de responsabilidade.