Uma das inovações em transações bancárias, o Pix facilitou a vida dos brasileiros. Entretanto, gerou um corpotamento inesperado: de acordo com o Banco Central do Brasil (BC), em 2023 foram realizadas mais de 35 milhões de transferências pix de um centavo.
O número representa um aumento de 23% em relação a 2022. Isso demonstra que, além de pagamentos, o pix também funciona para comunicação. Na maioria das vezes, os pix de um centavo são usados por pagadores para mandar uma mensagem de até 140 caracteres para quem vai receber o valor.
Tem quem faça essas transações para testes e checagens funcionais ou para entrar em contato com o destinatário mais facilmente. Entretanto, o método é mais usado por jovens, que usam o pix de um centavo para brincar com amigos, desejar feliz aniversário, pedir para desbloquear em aplicativos de mensagens e até mesmo fazer pedidos de namoro.
Ainda que seja um sistema confiável, vale lembrar que o pix não tem sigilo. Ou seja, as instituições financeiras têm acesso ao conteúdo das mensagens que acompanham as transferências.
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Além disso, os pix de um centavo usados para fins de comunicação alertam para outro problema: a invasão de privacidade. Isso porque podem ser usados para importunação, assédio e quebras de medida protetiva.
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QUANDO COMEÇOU O PIX?
O pix foi implementado em novembro de 2020 pelo BC, com o objetivo de ser mais inclusivo e eficiente. Há dois anos, o sistema de pagamento se tornou o mais usado entre os brasileiros.
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As transferências podem ser realizadas entre contas em poucos segundos, a qualquer hora do dia ou da semana. Para isso, basta ter a chave pix do recebedor, ou seja, CPF/CNPJ, e-mail, número do celular ou uma chave aleatória. Pessoas físicas podem cadastrar até 5 chaves por conta, enquanto pessoas jurídicas até 20.
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