Assinar todas as plataformas de streaming pode comprometer o orçamento mensal de forma significativa; já fez as contas? saiba como economizar
Publicado em 26/09/2024, às 10h00
Ligar a TV, escolher o que vai assistir e em qual plataforma virou a rotina de muitas pessoas. Netflix, Globoplay, Max e Prime Video são apenas alguns dos serviços mais conhecidos e mais assinados, tendo seus próprios catálogos. Mas você já calculou quanto gasta com todas essas plataformas por mês? Será que é possível economizar com streaming, mas ainda continuar acompanhando todos os filmes e séries do momento?
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Não dá para negar que a assinatura de todas essas plataformas pode causar um impacto significativo no orçamento de muitos brasileiros. O plano mais caro da Netflix, por exemplo, custa R$ 59,90 por mês. O Globoplay tem plano de R$ 214,80 por ano. O plano básico com anúncios da Max, por sua vez, custa 29,90. Já a Prime Video tem assinatura por R$ 19,90.
Um estudo conduzido pela Orbit Data Science analisou 1.614 conversas públicas no X (antigo Twitter) sobre as principais plataformas de streaming no Brasil, entre julho de 2023 e julho de 2024, para entender os motivos que levam os consumidores a assinar ou cancelar esses serviços.
A pesquisa revela que conteúdos exclusivos são o principal atrativo para novas assinaturas de plataformas de streaming no Brasil, enquanto cobranças extras e inserção de anúncios são os principais fatores que levam ao cancelamento de serviços.
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"Os brasileiros estão sempre em busca de novidades e exclusividades nas plataformas, o que justifica a constante adesão a novos serviços," comenta Fernando Hargreaves, sócio da Orbit Data Science.
No entanto, a decisão de manter uma assinatura é influenciada pelo custo. Embora descontos incentivem a adesão, 23% dos usuários indicaram que o preço da assinatura é um fator determinante para cancelar ou desistir de uma nova assinatura.
Além disso, as cobranças extras, como aluguéis ou compras dentro da plataforma, são apontadas como o principal motivo de cancelamento, representando 22,4% dos casos. "Os consumidores esperam transparência e um custo-benefício claro. Sentem-se frustrados ao encontrar cobranças adicionais que não estavam previstas," destaca Kaio Sobreira, Head de Pesquisa da Orbit Data Science.
A resposta é mais simples do que parece. Não é necessário assinar todos os serviços disponíveis, mas sim ter uma organização para incluí-los, se isso for realmente importante no seu estilo de vida.
“É sobre definir um teto de gasto com streaming no seu planejamento financeiro. Se hoje você pode separar R$ 200 por mês para pagar vários streamings ao invés de fazer uma viagem ou fazer disso uma prioridade ao invés da viagem. Ou até cabe a viagem e vários streamings. Então tudo bem. Mas se você está pagando R$ 200 para ter várias assinaturas e está deixando de fazer algo que realmente importa, então vale a pena reduzir. É sobre encaixar as suas assinaturas de plataformas de vídeo dentro do seu planejamento financeiro”, afirma Marina Farias, especialista em planejamento financeiro da Me Poupe!, à AnaMaria.
Se você identificou que é necessário economizar com streaming, saiba que não é necessário cancelar as assinaturas, mas sim definir qual vale mais a pena. Ou seja, mantenha aquele que você mais costuma assistir.
“Faça um teste pensando na última semana: quais plataformas você usou e quais não usou? Provavelmente os que você usou são prioridades. Aqueles que usou menos ou que não usou na última semana, provavelmente também não utilizou no último mês ou nos últimos três meses”, explica Marina.
Além disso, a especialista recomenda outra dica fundamental para quem quer economizar com streaming: estabelecer quanto tempo do dia será dedicado às plataformas. “Encontre este equilíbrio dentro da sua agenda. ‘Quanto tempo do meu dia ou da minha semana eu vou dedicar pra assistir e quais streamings eu vou assistir?”. Faça essa reflexão”, orienta Marina.
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