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Dinheiro / Finanças

Está com dívidas? Veja 10 dicas para se livrar das contas atrasadas e organizar sua vida financeira

Especialista ensina o passo a passo para sair de vez do vermelho e deixar as dívidas para trás

Juliana Ribeiro, repórter de AnaMaria Digital Publicado em 20/03/2022, às 14h30

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Com algumas mudanças no comportamento é possível organizar melhor as finanças - Pixabay
Com algumas mudanças no comportamento é possível organizar melhor as finanças - Pixabay

Pagar as contas em dia e chegar no fim do mês sem preocupações com as finanças é uma delícia, não é mesmo? Pena que a situação está bem longe da realidade da maioria dos brasileiros.

Para se ter ideia, cerca de 12,5 milhões de pessoas fecharam fevereiro deste ano com dívidas, o que representa 76,6% das famílias do país, segundo dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC).

Uma das origens do problema são os maus hábitos financeiros no dia a dia, visto que o endividamento surge tanto em pessoas que recebem salário mínimo quanto naquelas que ganham remunerações elevadas.

Só que, para tirar as dívidas da sua vida de uma vez, são necessárias mudanças de comportamento. Para te ajudar a sair de vez do vermelho e liquidar as contas atrasadas, AnaMaria Digital separou 10 dicas certeiras do educador financeiro André Bona, autor do livro 'Finanças na Vida Real: pague as dívidas, conquiste seus sonhos e garanta uma boa aposentadoria' (Leya Brasil). Confira!

1- ORGANIZE SEU ORÇAMENTO

O primeiro passo deve ser acompanhar receitas e despesas -não apenas no planejamento, mas observando o que acontece na realidade, anotando os gastos realizados- e compreender como anda a situação.

2- PROMOVA CORTES COM INTELIGÊNCIA

Não adianta apenas cortar despesas de modo aleatório. Muitas vezes esses cortes prejudicam a qualidade de vida e/ou são difíceis de manter. É preciso ser inteligente e fazer algo que faça diferença no orçamento, mas com impacto reduzido na vida real.

3- RELACIONE AS DESPESAS DOS GASTOS MAIS ALTOS PARA OS MAIS BAIXOS

Não adianta eliminar um item que representa pouco no orçamento total. É melhor relacionar as despesas das maiores para as menores e atacar as maiores. A redução de 10% em um gasto elevado, muitas vezes, produz um benefício muito maior do que um corte de 100% em um gasto irrisório.

4- RELACIONE TODOS OS SEUS GASTOS EM TRÊS CATEGORIAS

A categoria 1 deve incluir as despesas relacionadas ao custo de vida do próprio mês. Coloque na categoria 2 as despesas relacionadas a parcelamentos de compras no comércio. Por fim, a categoria 3 deve incluir dívidas de longo prazo, tal como financiamento de carros e imóveis.

5- PARE IMEDIATAMENTE COM OS PARCELAMENTOS

Ataque primeiro as despesas do grupo 2: pare imediatamente de fazer parcelamento de compras, pois esse hábito vai gerar dívida de maneira infinita. Ao eliminar os parcelamentos, as dívidas futuras simplesmente deixam de existir e, em alguns meses, a categoria 2 é eliminada.

6- AGORA JÁ DÁ PARA QUITAR AS DÍVIDAS DE LONGO PRAZO, HEIN!

É hora de atacar as despesas do grupo 3! Uma vez que os parcelamentos não sejam mais feitos, o indivíduo pode tomar decisões com esse dinheiro que agora está livre. Com isso, já dá para pensar em acelerar a quitação dos empréstimos de longo prazo.

7- MANTENHA APENAS OS GASTOS DE SOBREVIVÊNCIA

Tenha custos apenas da categoria 1 nos seus gastos mensais e permaneça assim. Quando o indivíduo mantém no orçamento apenas os gastos de sobrevivência do próprio mês, ele está livre de endividamento e de riscos, além de poder reajustar sua condição de vida com muito mais flexibilidade.

8- CLASSIFIQUE OS CUSTOS

Classifique os custos em gastos fixos/obrigatórios e variáveis/não obrigatórios, sendo os primeiros aqueles gastos que não temos como escapar, como alimentação, por exemplo. Enquanto os variáveis/não obrigatórios são aqueles que, em uma situação de crise aguda, é possível lançar mão.

9- PROPORÇÃO ENTRE GASTOS... FIQUE ATENTO!

Observe com atenção a proporção entre os gastos fixos/obrigatórios e os variáveis/não obrigatórios no custo total. O grande segredo aqui é que o total dos custos do indivíduo, na medida do possível, tenha mais gastos não variáveis/não obrigatórios do que fixos/obrigatórios. Isso permite que, todo mês, a pessoa tome decisões com uma parte maior do dinheiro que recebe, o que proporciona mais flexibilidade e liberdade financeira.

10- CONSTITUA UMA RESERVA DE EMERGÊNCIA

Se um imprevisto acontecer, é possível ter um valor guardado para usá-lo em caso de necessidade, sem recorrer a um novo endividamento.

PARA REFLETIR...

André Bona explica que se uma pessoa está em aperto financeiro, o endividamento não soluciona o problema, ele apenas agrava. Além dos compromissos recorrentes, ela terá que arcar com mais um custo, que são os juros. Sendo assim, sem uma mudança comportamental, o problema jamais será resolvido.